‘Gato de Botas’ estreia no Brasil em dezembro
Antonio Banderas foi quem sugeriu um longa-metragem protagonizado pelo personagem, que fez sucesso em 'Shrek'. O ator espanhol veio ao Brasil com Salma Hayek para o lançametno do filme
“A ideia original era dar uma voz mais suave e delicada, que combinasse com a figura de um gato dourado. Mas acabamos indo na direção oposta, criando uma dicotomia entre voz e aparência física dele o que, no final das contas, acabou reforçando o aspecto cômico do personagem”, diz Banderas
Seis meses depois de vir ao Brasil para lançar uma marca de perfume, Antonio Banderas está de volta ao país para promover o longa-metragem de animação Gato de Botas, que estreia nos cinemas brasileiros dia 9 de dezembro. “A história do filme fala sobre amizade, confiança, traição e perdão, temas que acho importantes para as crianças de hoje”, disse o ator espanhol na manhã desta sexta-feira (18), durante entrevista coletiva realizada em um dos salões do Copacabana Palace.
Banderas, que emprestou a voz ao personagem-título, originado na franquia animada Shrek, estava acompanhado da atriz mexicana Salma Hayek, que dublou Kitty Pata-Mansa, a heroína da trama, o diretor Chris Miller e o produtor Jeffrey Katzemberg, um dos sócios do estúdio DreamWorks, de Steven Spielberg. “Antonio foi o primeiro a dizer que deveríamos fazer um filme só com o Gato de Botas, desde a primeira sessão de dublagem do personagem em Shrek 2 (2004), lembrou Katzenberg.
https://youtube.com/watch?v=1hESg7XnmyA
“Lembro que a ideia original era dar uma voz mais suave e delicada que combinasse com a figura de um gato dourado, mas acabamos indo na direção oposta, criando uma dicotomia entre voz e aparência física dele o que, no final das contas, acabou reforçando o aspecto cômico do personagem”, contou Banderas, em cartaz nos cinemas brasileiros com o drama A Pele Que Habito, de Pedro Almodóvar. “Em animação, alguns personagens mudam durante o processo de confecção, mas quem determina se ele ganha vida própria ou não é o público”.
Estreante no desenho animado, Salma revelou que se sentiu um pouco insegura com o processo. “Eu não tinha nenhuma referência anterior, não sabia como era entrar em um estúdio de gravação e ler as falas do um personagem, sem cenários e, às vezes, sem atores. Aquilo me deixou um pouco assustada, mas logo descobri que havia espaço para a improvisação, o que gostei muito”, observou a atriz. “Ao mesmo tempo, havia uma câmera registrando as expressões de nossos rostos e gestos, que seriam incorporados ao personagem”.
Gato de Botas será lançado no Brasil nas versões 2D e 3D, num total de cerca de 700 cópias – 80% delas dubladas em português. Na versão brasileira, Banderas será dublado por Alexandre Moreno, que interpretou o espadachim felino nos três últimos filmes da série Shrek, e Salma será dublada por Miriam Fisher. “Sempre preferi assistir a filmes em suas versões originais, com legenda. É muito difícil um dublador acompanhar os sentimentos da voz original, o trabalho deles é limitado pelo tempo do movimento dos lábios dos atores”, ressaltou a atriz mexicana.
Dublagem – Banderas e Salma gravaram versões de Gato de Botas inglês, espanhol e até italiano. “Acho mais apropriado do que colocar um dublador de uma cultura diferente para dublar. O ator usa o corpo, a voz e o cérebro como instrumentos de trabalho. Um personagem nasce com um sotaque específico, que é deturpado quando ele é dublado por outra pessoa, de outra cultura e língua”, disse o ator. “Espero que no próximo filme do Gato de Botas possamos gravar em português e usar um pouco de samba”, brincou Salma.
Criado pelo escritor e poeta francês Charles Perrault (1628-1703), o Gato de Botas ganhou características justiceiras e sedutoras (do ponto de vista amoroso) quando incorporado ao ‘elenco’ de Shrek. “O nosso Gato está muito distante da versão de Perrault. Uma vez que isto ficou claro para nós, tivemos liberdade para dar-lhe uma cara mais moderna, apesar de a história de Shrek, o ogro, ser ambientada na Idade Média”, contou o diretor Chris Miller, que funcionou como roteirista do primeiro Shrek, atuou como diretor de história do segundo e dirigiu o terceiro.
3D – Katzenberg, o midas por trás de sucessos da animação como O Espanta Tubarões (2004) e A Fuga das Galinhas (2000), reforçou que o 3D é uma tecnologia que veio para ficar, apesar de alguns fracassos recentes. “O 3D passou por uma transformação interessante nos últimos três anos. Vimos exemplos de grande qualidade, como em Avatar, mas também houve produções que não souberam oferecer um bom resultado, e o público sentiu-se enganado. Hollywood entendeu que é preciso atender as expectativas do mercado, cada vez mais exigente, e é por isso que diretores consagrados, como Martin Scorsese, aderiram ao 3D”, apontou Katzenberg, referindo-se a A Invenção de Hugo Cabret, primeira incursão do autor de Os Infiltrados na animação, que chega aos cinemas brasileiros em fevereiro.
Bolsonaro teme que ofensiva anti-Moro no TSE legitime inelegibilidade
O novo plano de Bolsonaro para tentar anistia e disputar eleição em 2026
Madonna: participação ‘muda’ de Anitta teve motivo prévio
Pauta-bomba acesa por Pacheco no Senado não terá vida fácil — e com razão
Apresentadora Christina Rocha é demitida do SBT; saiba o motivo
