Os recém-lançados filmes sobre o assassinato dos pais de Suzane von Richthofen, planejado por ela e pelo seu então namorado, Daniel Cravinhos, impulsionou a venda de livros sobre o caso que chocou o Brasil em 2002. Após um ano de seu lançamento, Suzane – Assassina e Manipuladora, escrito pelo jornalista Ullises Campbell, em 2020, voltou à lista de mais vendidos de VEJA ocupando o quinto lugar. Logo abaixo, na décima posição, está o livro de Ilana Casoy, Casos de Família, publicado em 2016, que traz tanto os arquivos do caso Richthofen quanto do caso Isabela Nardoni.
Protagonizado por Carla Diaz, que vive Suzane, e Leonardo Bittencourt, que interpreta Cravinhos, os filmes são dirigidos por Maurício Eça e chegaram ao Amazon Prime Video em setembro. Apesar dos réus terem assumido a autoria do crime, eles contaram histórias diferentes no tribunal, e as duas perspectivas foram retratadas em A Menina que Matou os Pais e O Menino que Matou Meus Pais.
Ao dar voz às versões contadas pelos criminosos, os longas ficaram na superfície do crime no quesito verdade — o que pode ter aguçado a curiosidade do público em procurar livros que explicam, de forma detalhada, o que aconteceu. Em Suzane – Assassina e Manipuladora, o Campbell traça um perfil aprofundado de cada personagem e do planejamento do assassinato. Já em Casos de Família, a criminóloga especialista em investigar a mente de assassinos — ela, aliás, assina o roteiro dos filmes ao lado de Raphael Montes —, transcreve suas anotações feitas no calor do momento durante os julgamentos dos três assassinos da família Richthofen e de Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá, pai e madrasta de Isabella de Oliveira Nardoni, morta em 2008, aos 5 anos.