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Filme do brasileiro Karim Aïnouz vence prêmio no Festival de Cannes

'A Vida Invisível de Eurídice Gusmão' foi exibido na mostra paralela Um Certo Olhar

Por Redação
Atualizado em 24 Maio 2019, 17h52 - Publicado em 24 Maio 2019, 16h24
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  • O filme brasileiro A Vida Invisível de Eurídice Gusmão, do cearense Karim Aïnouz, venceu nesta sexta-feira, 24, o prêmio principal da mostra Um Certo Olhar, paralela do Festival de Cannes. O longa concorria com outras dezessete produções.

    Baseado em livro de Martha Batalha, a produção se passa no Rio de Janeiro dos anos 1950 e tem como personagens principais as irmãs Guida (Julia Stockler) e Eurídice (Carol Duarte). A primeira, autoconfiante, desinibida, sonha com aventuras amorosas. A insegura Eurídice deseja estudar piano num conservatório em Viena. Mas elas vivem numa sociedade machista e patriarcal que vai colocar muitos empecilhos em sua caminhada em busca de seus sonhos e desejos.

    Guida apaixona-se por um marinheiro grego e parte com ele para Atenas, crente de que volta casada. Mas, meses depois, está de volta, grávida. Seu pai, o padeiro português Manuel (Antônio Fonseca), a expulsa de casa, sem causar protestos veementes da mãe, a submissa Ana (Flavia Gusmão). Para piorar, Manuel mente que Eurídice está em Viena – na verdade, ela está casada com Antenor (Gregório Duvivier). Assim, as duas irmãs ficam separadas, uma achando que a outra está na Europa.

    Outras categorias

    Na categoria de prêmio do júri, o escolhido foi o filme galês O Que Arde, de Oliver Laxe. O prêmio de melhor performance ficou com Chiara Mastroianni (filha da atriz Catherine Deneuve e do ator italiano Marcello Mastroianni) por Chambre 212, de Christophe Honoré.

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    Já o escolhido como melhor diretor foi o russo Kantemir Balagov, por Dylda. O prêmio especial do júri ficou com Liberté, de Albert Serra. O prêmio Coup de Coeur ficou com A Brother’s Love, de Monia Chokri, e The Climb, de Michael Angelo Covino. E a menção especial foi a Jeanne, de Bruno Dumont.

    Presidido pela diretora libanesa Nadine Labaki, o júri da mostra Um Certo Olhar era composto pela atriz francesa Marina Foïs, pela produtora alemã Nurhan Sekerci-Porst, pelo diretor argentino Lisandro Alonso e pelo diretor belga Lukas Dhont.

     

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