Familiares e amigos próximos de Silvio Santos chegaram cedo neste domingo, 18, ao Cemitério Israelita do Butantã, na zona oeste de São Paulo, para a despedida do apresentador de TV, que morreu no sábado, 17, aos 93 anos.
A família já havia anunciado que não haveria velório aberto. Silvio era judeu, e a cerimônia, presidida por um rabino, foi fechada a amigos e parentes.
Foram fotografados na entrada do cemitério as filhas Patrícia Abravanel, com seu marido, Fábio Faria, e Daniela Beyruti; o neto Tiago Abravanel; e amigos como Celso Portiolli e, César Filho.
“Queremos dizer para vocês que por muitas vezes, ao longo da vida, a medida que nosso pai ia ficando mais velho, ele ia expressando um desejo com relação à sua partida. Ele pediu para que assim que ele partisse, que o levássemos direto para o cemitério e fizéssemos uma cerimônia judaica”, disseram os familiares de Silvio, em carta aberta.
Enterrado em local secreto
Nas cerimônias judaicas, não se costuma cultuar ou exibir os mortos por considerarem um desresepeito ao falecido. Por isso, o caixão é fechado e sem flores. Pela tradição, assim que a morte é constatada, o corpo deve ser lavado para purificação e coberto por um lençol. E, se possível, enterrado no mesmo dia, apenas envolto em uma mortalha branca e simples, com a intenção de estabelecer “a igualdade entre todos os seres humanos em sua morada final”.
O corpo de Silvio Santos será enterrado, já que a tradição religiosa não permite cremação. O local de sepultamento não será divulgado. “Ele pediu para que não explorássemos a sua passagem. Ele gostava de ser celebrado em vida e gostaria de ser lembrado com a alegria que viveu. Ele nos pediu para que respeitássemos o desejo dele. E assim vamos fazer”, completou a carta assinada pela família Abravanel.