O documentário Going Clear: Scientology and the Prison of Belief (Esclarecendo: A cientologia e a Prisão da Fé, em tradução direta), de Alex Gibney, vencedor do Oscar por Um Táxi para a Escuridão (2007), estreou no Festival de Sundance no último domingo, em uma sala lotada. E não demorou para que as interjeições de espanto que pontuaram a sessão fossem ouvidas também do lado de fora do cinema. O filme, baseado no livro homônimo do jornalista Lawrence Wright, reúne entrevistas com ex-membros da religião, alguns ex-ocupantes de altos postos, que afirmam que a cientologia manipula, intimida e chega a torturar seus integrantes.
O filme também revela podres de membros famosos da seita, como a história de que Tom Cruise grampeou Nicole Kidman, com quem foi casado antes de se juntar a Katie Holmes, que o deixou com medo do que a cientologia pudesse fazer à cabeça da filha do casal.
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A cientologia é um conjunto de crenças e práticas criada pelo americano L. Ron Hubbard, em 1954, que foi militar e autor de livros de ficção científica. Entre os principais objetivos da entidade, estão criar um mundo sem guerras e sem insanidade. O filme traça a história da religião e do seu fundador, além do seu sucessor, David Miscavige.
A produção não foi bem aceita pela religião, que espalhou anúncios nos jornais The New York Times e The Los Angeles Times e promoveu uma série de tuítes, dizendo que o longa se baseia em pronunciamentos de fontes que não merecem confiança e que o documentário seria feito de mentiras.
Não são poucas as controvérsias e ideias excêntricas atreladas à cientologia. O site da revista The Hollywood Reporter listou cinco tópicos que repercutiram com a exibição do documentário em Sundance. Confira: