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Do Louvre ao Met, museus respondem aos ativistas que atacam obras de arte

Mais de 90 instituições assinaram uma carta que alerta para os riscos dos protestos usando quadros como forma de chamar a atenção para a crise climática

Por Amanda Capuano Atualizado em 14 nov 2022, 15h50 - Publicado em 14 nov 2022, 14h57

De Leonardo Da Vinci a Andy Warhol, obras de arte famosas foram atacadas nos últimos meses como forma de ativistas chamarem a atenção para as mudanças climáticas causadas, especialmente, pelo uso exacerbado de combustíveis fósseis. As pinturas foram atingidas por comidas diversas, rabiscadas e alvo de colas que “grudam” os manifestantes às peças ou às paredes ao seu redor. Recentemente, os museus se pronunciaram sobre o tema: mais de 90 líderes de instituições culturais ao redor do mundo assinaram uma petição do Conselho Internacional de Museus da Alemanha condenando os protestos.

Até o momento, nenhuma obra de arte foi danificada definitivamente nas ações, que incluíram um Van Gogh atingido por sopa de tomate, um Monet lambuzado com purê de batata e um Andy Warhol rabiscado. Os manifestantes dizem que visam obras protegidas por vidros, porém, a nota dos especialistas afirma que o grupo menospreza a fragilidade das peças e ignora o caráter insubstituível delas. “Como diretores de museus, encarregados do cuidado dessas obras, estamos profundamente abalados com o risco a que elas estão sendo submetidas”, diz o comunicado.

Entre os 93 nomes que demonstraram preocupação, estão líderes de Instituições célebres do universo artístico, como o diretor do Museu do Louvre, Laurence des Cars; o do Padro, Miguel Falomir; Hartwig Fischer, do Museu Britânico; Richard Armstrong, diretor do Museu Guggenheim; Martine Gosselink, do Mauritshuis; e Max Hollein, do Metropolitan Museum of Art (Met), em Nova York.

Em outro comunicado, publicado no site global do Conselho Internacional de Museus, a instituição reconhece as preocupações dos diretores dos Museus, mas também ecoa os apontamentos feitos pelos ativistas do clima. “O ICOM vê a escolha dos museus como pano de fundo para esses protestos climáticos como um testemunho de seu poder simbólico e relevância nas discussões em torno da emergência climática”, escreve. Em seguida, o texto chama a atenção para o impacto das manifestações no trabalho de profissionais dos museus e pede que as instituições sejam vistas como aliadas no combate às mudanças climáticas.

Enquanto os protestos seguem acontecendo, algumas instituições começaram a reforçar a segurança para tentar evitar problemas. Na Alemanha, parte dos museus adotaram novas políticas, vetando o uso de bolsas e até jaquetas no interior nas áreas de exibição. Na França e na Espanha, instituições como o Prado e o Centro Pompidou também reforçaram a segurança visando impedir protestos em suas dependências. 

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