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Diretor Bryan Singer é acusado por mais quatro pessoas de abuso sexual

Revista 'The Atlantic' traz depoimentos de vítimas que teriam de 14 a 17 anos quando foram abusadas ou seduzidas pelo cineasta de 'Bohemian Rhapsody'

Por Redação
Atualizado em 23 jan 2019, 19h51 - Publicado em 23 jan 2019, 19h40
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  • Quatro novas acusações de abuso, violação sexual e estupro contra o cineasta Bryan Singer, diretor de Bohemian Rhapsody, a cinebiografia do Queen, foram divulgadas pelo site da revista The Atlantic nesta quarta-feira, 23. A revista conta que investigou por um ano e ouviu cinquenta fontes para chegar às denúncias que dão conta de violação, abuso ou sedução de meninos com idades entre 14 e 17 anos de idade.

    Apenas uma das quatro novas supostas vítimas se identificou à revista. Victor Valdovinos, que afirma ter sido figurante do filme O Aprendiz, dirigido por Singer em 1998. Segundo ele, o cineasta apalpou seu órgão sexual em um momento das filmagens. Os outros três acusadores são identificados por pseudônimos: um deles, Andy, afirma que aos 15 anos fez sexo com Singer; outro, Eric, diz que tinha 17 quando começou um caso com o cineasta, que na época tinha 31 anos de idade; o terceiro, identificado como Ben, diz que fez sexo oral em Singer quando tinha “17 ou 18 anos”.

    Singer diz que a avalanche de acusações são de oportunistas diante do sucesso de Bohemian Rhapsody. “É triste que a The Atlantic se rebaixe a este baixo padrão de integridade jornalística. Mais uma vez, sou forçado a reiterar que essa história retoma as afirmações de ações judiciais falsas, executada por um elenco de pessoas de má reputação, dispostas a mentir por dinheiro ou atenção. E não é surpresa que, com Bohemian Rhapsody sendo um sucesso premiado, esta peça homofóbica foi convenientemente planejada para tirar proveito de seu sucesso”, divulgou o cineasta por meio de seu advogado, Andrew Bettler.

    O diretor foi demitido antes de terminar de filmar Bohemian Rhapsody, indicada em cinco categorias do Oscar nesta terça. A direção, que foi concluída por Dexter Fletcher depois que Singer foi demitido, porém, não foi lembrada pela Academia de Hollywood. À época da demissão, a 20th Century Fox justificou sua decisão falando sobre a indisposição geral de Singer com os colegas e ausência injustificada nos sets de filmagem.

    Pouco tempo depois da demissão, em 2017, Cesar Sanchez-Guzman anunciou o processou movido contra o cineasta por tê-lo estuprado em 2003, durante uma festa em um iate. Guzman tinha 17 anos. O processo corre na Justiça americana. Não foi o primeiro: em 2014, Michael Egan moveu uma ação alegando que o diretor o teria estuprado “diversas vezes” durante uma viagem ao Havaí. Mas retirou em seguida.

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