De Datena a Sandy, famosos negam textos e áudios pró-Bolsonaro
Personalidades tiveram seus nomes atrelados a fake news favoráveis ao candidato do PSL
Textos, áudios e até um vídeo editado estão circulando por meios como o Facebook e o WhatsApp atrelando o nome de personalidades ao do candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro. Alguns foram às redes sociais ou responderam via assessoria de imprensa para negar o apoio. Confira:
José Luiz Datena
O apresentador da Band usou as redes sociais para publicar um vídeo em que desmente outro vídeo, no qual supostamente apoia Bolsonaro. O trecho que circula o WhatsApp e o Facebook, na verdade, foi feito quando Datena elogiava o presidenciável do PSDB, Geraldo Alckmin. “É um cara que eu confio de verdade mesmo, é um cara que trabalha como você, que luta como você, é um cara que erra como você e aprende como você a corrigir os erros”, ele diz. O vídeo, que foi editado com o logo do partido PSL no topo, na verdade é uma produção divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo poucos dias antes de Datena desistir de se candidatar ao Senado pelo DEM, partido que apoia Alckmin e o candidato do PSDB ao governo de São Paulo, João Doria. Esta semana, o apresentador usou o Instagram para afirmar que não apoia nenhum candidato.
Sandy
A cantora Sandy também foi alvo de fake news ao ter sua foto associada à uma frase, que teria sido dita por ela em um show em Curitiba. “Quem me conhece e acompanha minha vida e minha carreira desde criança, sabe perfeitamente o porquê de eu concordar com os valores defendidos pelo Bolsonaro”, diz o texto. Em resposta ao site de VEJA, a assessoria de imprensa da cantora nega que a mensagem tenha sido dito por Sandy, que prefere não se posicionar sobre as eleições.
A imagem da cantora também foi usada sem autorização por partidários de Lula, quando um clipe do movimento Amigos do Bem, da música Nossa Voz, foi editado com imagens do líder do PT. A produção conta com Chitãozinho e Xororó, Ivete Sangalo, Karol Conka, Projota, Negra Li, Rappin Hood, entre outros.
Antonio Fagundes
O ator Antonio Fagundes foi outro que gravou um vídeo desmentindo um suposto apoio a Bolsonaro, em resposta a publicações nas redes sociais que circularam associando a imagem do ator ao presidenciável. “Estão vinculando a minha imagem a um candidato que eu jamais apoiaria na minha vida”, disse. “Se as pessoas que apoiam esse candidato agem dessa forma desonesta, imaginem o candidato que eles representam.”
Padre Marcelo Rossi
O padre desmentiu um áudio atribuído a ele, que circulou no WhatsApp e também foi publicado no YouTube, com apoio a Jair Bolsonaro. No áudio, um homem afirma que o candidato do PSL é “pró-família, pró-Deus e pró-valores”. Em suas redes sociais oficiais, Marcelo Rossi negou que fosse ele o responsável pela gravação. “Além de ser uma notícia mentirosa, eu jamais me meto em política. Vocês me conhecem”, disse. O padre também pediu ajuda para encontrar o responsável pela divulgação do áudio com a falsa informação de que era dele, afirmando que quer rezar por essa pessoa. “Não pode fazer o que ela fez, isso é muito chato.”
Padre Fábio de Melo
O mesmo áudio atribuído a Marcelo Rossi circulou com a falsa informação de que era do padre Fábio de Melo, que também negou sua autoria no Twitter. Fábio de Melo ainda desmentiu ser o autor de um texto que circula nas redes com frases como “ser a favor da família e religião é ditadura, mas urinar em cima dos crucifixos é liberdade de expressão”. Em seu perfil, o padre afirmou que há muitas páginas na internet usando seu nome sem sua autorização.
Arnaldo Jabor
Desde agosto, circula no Facebook e no WhatsApp um texto atribuído ao jornalista Arnaldo Jabor, no qual ele supostamente declara voto aberto ao candidato do PSL. A narrativa em primeira pessoa diz que o autor escolheu o presidenciável, pois ele seria o único “que tem chance real de derrotar a esquerda”. Jabor publicou em seu canal no YouTube um vídeo em que não só desmente a autoria do texto como ainda compara Bolsonaro a um nazista. O jornalista, aliás, também teve seu nome usado em uma campanha em prol do candidato João Amoêdo (Novo).