De Ai Weiwei a OsGemeos, 5 artistas plásticos para seguir no Instagram
Para além dos museus, artistas usam redes sociais como plataforma para divulgar sua arte e visão de mundo
Nos anos A.C. – antes da Covid-19 –, ir a uma exposição era um dos caminhos mais rápidos até um bom programa cultural. Hoje, quase um ano depois, museus, cinemas e galerias de arte se recuperam aos poucos do baque da pandemia, enquanto aumentam sua participação no mundo virtual, com mostras on-line e maior atividade nas redes sociais. O movimento já é velho conhecido de alguns artistas plásticos, que usam redes como o Instagram como uma extensão das exposições nos tradicionais museus. VEJA selecionou cinco perfis de artistas que valem uma espiadela. Confira lista abaixo:
OsGemeos, em @osgemeos
Desde crianças, os irmãos Gustavo e Otávio Pandolfo criam um universo colorido para os personagens de seus grafites. A evolução técnica encontrou renome e, de endereços aleatórios nas ruas de São Paulo, as cenas pintadas pela dupla viraram mostras em países como Cuba, Chile, Estados Unidos, Lituânia, Itália, Espanha, Inglaterra e Japão. O mais recente endereço d’OsGemeos é a Pinacoteca de São Paulo, em cartaz até 3 de maio, mas o Instagram já dá espiadinhas do que é possível ver por lá. De pinturas em frutas a intervenções artísticas em Shangai, o excelente trabalho dos artistas é de encher os olhos.
Jeff Koons, em @jeffkoons
O mais caro artista vivo do mundo também usa redes sociais. Em seu perfil do Instagram, o americano Jeff Koons, de 65 anos, exibe esculturas brilhantemente banais de aço inoxidável entre um e outro post de sua vida pessoal. Inspirado por animais de balão à la festas infantis, personagens de desenhos animados e peças gregas, o escultor preenche o feed com suas peças coloridas e legendas explicativas para que nenhum admirador se perca no conceito.
Ai Weiwei, em @aiww
Dono de gloriosas obras dentro e fora da China, o artista plástico Ai Weiwei, de 63 anos, faz diferente no online: em vez de usar as redes sociais como portfólio, investe em postagens pessoais sobre sua família, gatinhos de estimação, meio ambiente e seu processo de trabalho criativo — banalidades que ele também transforma em arte. No link da bio de seu perfil, está o documentário Coronation, lançado durante a pandemia com críticas incômodas sobre Wuhan nos primeiros dias da crise.
Yayoi Kusama, em @yayoikusama_
“Nossa terra é apenas uma bolinha entre um milhão de estrelas no cosmos”, diz a biografia da japonesa de 91 anos Yayoi Kusama, célebre artista plástica encantada por estampas de bolinhas. Com passagens pelo MoMA, Baltimore Museum of Art e Art Institute of Chicago, as instalações multicoloridas e repletas de pontos e bolas desembarcaram no Brasil em 2013, no Instituto Tomie Ohtake, e mais recentemente no Instituto Inhotim. Para quem não pode se deslocar até Minas Gerais, o Instagram é uma boa pedida para dar uma espiadinha no talento de Yayoi.
Bansky, em @bansky
O misterioso artista de rua Bansky, cuja identidade nunca foi revelada ao público, é, curiosamente, dono de um popular perfil no Instagram. Na única rede social que usa, o inglês transforma o espaço virtual em uma plataforma para seus trabalhos mais recentes, compartilhados – às vezes em primeira mão – com mais de 10 milhões de seguidores. Sem nunca deixar o anonimato de lado, ele vira-e-mexe aproveita para se posicionar frente a algum acontecimento mundial: durante a quarentena, por exemplo, compartilhou um trabalho feito no furor do Black Lives Matter, e outro em homenagem aos profissionais de saúde que lutam na linha de frente contra o coronavírus.