“Assumo toda e qualquer culpa por todos os meus atos impulsivos e reativos no passado, vou viver o resto da vida limpo de crueldade nas minhas veias. Perdão. Hoje acredito na vibração positiva. Acredito na vida. #GoVegan.” É assim, num misto de mea culpa e de propaganda pró-veganismo, que o ator Dado Dolabella, recém-libertado da prisão por deixar de pagar pensão alimentícia a um dos filhos, de 7 anos, conclui um textão publicado em sua página no Facebook.
Dado, demitido da Record em 2014 sob a acusação de agredir um funcionário da produção da emissora, tem um histórico de conflitos e problemas com a Justiça, do qual a prisão da última semana é apenas o capítulo derradeiro. O ator já foi indiciado por bater na ex-namorada Luana Piovani e por agredir uma camareira da Globo que procurou defendê-la, além de ser flagrado com maconha no Rio.
Convertido ao veganismo, assunto de praticamente todos os seus posts nas redes sociais há mais de um ano, Dado atribui à carne o comportamento agressivo que demonstrou ao longo dos anos. “Hoje, tô colhendo frutos de um passado recheado de violência que começa no prato de comida. 90% (+/-) do que comia vinha com proteína animal. E não venha me dizer que não existe relação!”, escreve ele.
“Imagina você sendo assassinado sentindo o cheiro do sangue dos seus semelhantes, encurralado, tomando uma facada no pescoço, pendurado de cabeça pra baixo, totalmente consciente e sangrando até o coração não ter mais forças. O que sentiria? Esse é o real gosto da carne. De ódio. Do terror. Da morte”, argumenta. “Ingerir sofrimento e exalar amor? A mente não domina o corpo. Muitas vezes os hormônios sentidos e sintéticos dos animais falam mais alto. A carne fica fraca. E o juízo, nulo. Aí, que todo um sistema doente se alimenta. Não é à toa que hospitais e presídios estão superlotados. É preciso olhar menos pro ego, e mais para o eco. A corrupção e a violência começam na alimentação. Fico pensando quantas coisas não seriam diferentes se eu fosse vegano (sangue limpo e alcalino) antes.”
Sobre o processo movido por uma das mães de seus três filhos, Dado não comenta. O caso corre em segredo de Justiça.
Leia abaixo o texto na íntegra: