O corpo do cantor Gabriel Diniz está sendo velado nesta terça-feira, 28, no ginásio poliesportivo Ronaldo Cunha Lima, em João Pessoa, na Paraíba. O músico de 28 anos morreu nesta segunda 27, após o avião em que viajava cair na região da Praia do Saco, no município de Estância, em Sergipe. Também morreram os pilotos Linaldo Xavier e Abraão Farias. Os três corpos foram identificados e liberados do Instituto Médico Legal (IML) de Aracaju na noite desta segunda.
O velório de Diniz foi aberto ao público às 8 horas. O enterro ocorrerá na tarde desta terça, no cemitério Parque das Acácias.
Gabriel Diniz estourou em meados de janeiro deste ano com a música Jenifer, que se tornou um dos hits do Carnaval. A música havia sido lançada em setembro, com um clipe estrelado pela atriz Mariana Xavier. Em depoimento a VEJA, ela afirmou que se surpreendeu com a repercussão do vídeo, que contabilizava 95 milhões de visualizações na época – hoje, já são 235 milhões.
O acidente
A aeronave saiu de Salvador, na Bahia, e tinha como destino Maceió, em Alagoas. Segundo depoimento do pai do cantor, Francisco Diniz, ao programa Cidade Alerta, ele ia encontrar a namorada, a psicóloga Karoline Calheiros, para comemorar o aniversário de 25 anos dela, completados nesta segunda.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de Sergipe, o Grupamento Tático Aéreo (GTA) foi a primeira equipe a chegar ao local do acidente, seguido do Corpo de Bombeiros. O resgate foi difícil, segundo os Bombeiros, porque o avião caiu em uma área de mangue, no povoado de Porto do Mato.
De acordo com o diretor do IML de Aracaju, o médico legista José Aparecido Cardoso, os corpos foram encontrados “extremamente machucados”, com várias fraturas – foram detectados traumatismo craniano, torácico e abdominal.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que o avião em que o cantor estava, um monomotor de matrícula PT-KLO, da fabricante Piper Aircraft, tinha Certificado de Aeronavegabilidade válido até fevereiro de 2023 e Inspeção Anual de Manutenção em dia até março de 2020. O avião, que pertencia ao Aeroclube de Alagoas, no entanto, estava registrado apenas na categoria instrução, para voos de treinamento, e por isso não poderia prestar serviço de táxi aéreo.
A Anac suspendeu cautelarmente as operações do Aeroclube de Alagoas e interditou as nove aeronaves da empresa, além de ter aberto processo administrativo para apurar possíveis irregularidades na operação do avião que caiu.