Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Chay Suede: o segredo do sucesso de um galã acidental

De ídolo musical a ator por acaso, ele prova o valor da disciplina e do desejo de aprender em um papel complexo no cinema

Por Amanda Capuano Atualizado em 4 jun 2024, 12h33 - Publicado em 26 fev 2022, 08h00
BOM MOÇO - Chay Suede: vocação para atuar descoberta quase sem querer, e vida pessoal pautada pela fé e família -
BOM MOÇO - Chay Suede: vocação para atuar descoberta quase sem querer, e vida pessoal pautada pela fé e família – (Fabio Audi/Divulgação)

O ladrão arromba um carro e descobre que o veículo foi transformado em arapuca por seu dono, que se vinga da violência urbana torturando-o. Em cartaz nos cinemas, o longa nacional A Jaula tem uma premissa que faria qualquer principiante tremer: centrada na figura controversa do bandido, a ação é quase toda restrita ao interior claustrofóbico do automóvel. É uma bela surpresa ver um papel tão desafiador ser defendido com brio por Chay Suede — um ator que os espectadores se acostumaram a ver na pele de bom moço em novelas como Amor de Mãe, da Globo. Gravada em 2018, antes da pandemia, a trama de A Jaula atesta por que o capixaba é um nome que — com perdão pelo trocadilho — roubou a cena em sua geração. Por quase uma hora, Chay atua sozinho como o ladrão Djalma, interagindo só com a voz do algoz, que se comunica pelo rádio, e demonstrando versatilidade e intimidade com a câmera.

Rebeldes – Meu jeito seu jeito
Império – Nacional 1

Mal parece que o traquejo para o ramo foi descoberto quase por acidente. Ele foi apresentado ao Brasil em 2010, aos 17 anos: na gincana musical Ídolos, da Record, ganhou a alcunha de “príncipe Chay”. Não cogitava ser ator até receber um convite da emissora para protagonizar Rebelde (2011), adaptação brasileira do fenômeno adolescente da Televisa. “Cheguei a pensar em dizer não, mas meu pai me motivou a aceitar. Foi uma experiência que mudou minha vida”, disse ele a VEJA. O mais novo do elenco e com bagagem zero na área, Chay se revelou o nome de maior sucesso do sexteto — que contava também com outro galã juvenil, Arthur Aguiar. Basta acompanhar a trajetória de ambos para constatar sua evolução impressionante de lá para cá: enquanto o ex-colega Aguiar luta hoje no BBB para limpar a imagem de infiel que levou a seu cancelamento nas redes, Chay virou um nome associado a prestígio no cinema e na TV.

JUVENIL - Na novelinha Rebelde, da Record: estrelato na adolescência -
JUVENIL - Na novelinha Rebelde, da Record: estrelato na adolescência – (TV Record/.)

Império – Internacional
Papel

Para ser levado a sério, porém, ele teve de ralar. Após a projeção ganha em Rebelde, sua imagem foi afetada por acusações de imaturidade e deslumbre com a fama. “Acho que existia certa insatisfação com o fato de um calouro de reality show fazer personagens importantes”, diz. Em crise, pensou em desistir de ser ator — mas o chamado da Globo para encarnar a versão jovem do Comendador, anti-herói da novela Império, em 2015, o colocou de novo no jogo. Seu ponto de virada veio na novela: foi aí que descobriu um pendor para o trabalho duro — e uma sede sem fim de aprender. “Ele é um ator empenhado, que não coloca o ego na frente do papel, sabe que atuação é disciplina”, diz Eduardo Milewicz, preparador de elenco de Império. “Ele nutriu muitos atores que se espelharam na sua evolução”, completa Milewicz — que Chay considera seu mentor. “Ao vê-lo trabalhar, decidi que queria viver disso até o fim da minha vida”, diz. Alexandre Nero, versão mais velha do Comendador, além de “cidadão de bem” que é o algoz de Chay em A Jaula, corrobora a boa relação nos bastidores: “Temos uma troca de ideias e de estudo muito legal. Viajamos juntos para a novela, fizemos música, bebemos. A química bateu”.

TENSÃO - Como o bandido Djalma, do longa A Jaula: ele venceu com brio o desafio de atuar por quase uma hora sozinho, trancado dentro de um automóvel -
TENSÃO - Como o bandido Djalma, do longa A Jaula: ele venceu com brio o desafio de atuar por quase uma hora sozinho, trancado dentro de um automóvel – (./Reprodução)

Nascido em Vila Velha, o ator — que fará 30 anos em junho — foi batizado com o mesmo nome do pai, Roobertchay, inventado pelo avô como tradução do seu próprio, Salustiano, em uma língua criada por ele. Religioso, ele se descreve como cristão — mas não evangélico. “Busco aprender com o Evangelho de Cristo e é esse rastro amoroso que sustenta minha vida. Mas acho que as coisas que hoje estão associadas ao rótulo de evangélico estão muito distantes do propósito cristão”, pondera. Além de fiel a Deus, Chay é um rapaz comprometido. Junto com a esposa, Laura Neiva, e os filhos Maria, de 2 anos, e José, de 3 meses, leva, hoje, uma vida família. Galã rebelde? Só mesmo na tela.

Continua após a publicidade

Publicado em VEJA de 2 de março de 2022, edição nº 2778

CLIQUE NAS IMAGENS ABAIXO PARA COMPRAR

Chay Suede: o segredo do sucesso de um galã acidentalChay Suede: o segredo do sucesso de um galã acidental
Rebeldes – Meu jeito seu jeito
Chay Suede: o segredo do sucesso de um galã acidentalChay Suede: o segredo do sucesso de um galã acidental
Império – Nacional 1
Chay Suede: o segredo do sucesso de um galã acidentalChay Suede: o segredo do sucesso de um galã acidental
Império – Internacional
Chay Suede: o segredo do sucesso de um galã acidentalChay Suede: o segredo do sucesso de um galã acidental
Papel
logo-veja-amazon-loja

*A Editora Abril tem uma parceria com a Amazon, em que recebe uma porcentagem das vendas feitas por meio de seus sites. Isso não altera, de forma alguma, a avaliação realizada pela VEJA sobre os produtos ou serviços em questão, os quais os preços e estoque referem-se ao momento da publicação deste conteúdo.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.