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Chappell Roan: quem é a musa ‘queer’ que desbancou Taylor Swift nas paradas

Com um pop retrô à la Kate Bush e visual cintilante de drag queen, a cantora criou um latifúndio no hit parade

Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 1 set 2024, 08h00
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  • CHEIA DE ATITUDE - Chappell: a artista americana é uma menina que gosta de meninas — e se veste como transformista
    CHEIA DE ATITUDE - Chappell: a artista americana é uma menina que gosta de meninas — e se veste como transformista (Astrida Valigorsky/Getty Images)

    Antes de seu avô Dennis Chap­pell morrer de câncer cerebral, em 2016, a americana Kayleigh Rose Amstutz decidiu homenageá-lo adotando o nome artístico Chappell Roan — juntando o sobrenome dele e o título da música favorita do parente, Strawberry Roan, do cantor e ex-piloto de corrida Marty Robbins (1925-1982). Assim rebatizada, a jovem nascida no Missouri viu os caminhos se abrirem em sua carreira. Aos 17 anos, ela já postava algumas covers no YouTube e chamou a atenção do estúdio Atlantic Records, com quem assinou quando ainda estava no ensino médio — e que a dispensou cinco anos depois. O sucesso global veio mesmo neste ano, quando a jovem, agora aos 26 e apadrinhada pelo produtor Daniel Nigro, da Island Records — que já trabalhara com Taylor Swift e Olivia Rodrigo —, mostrou ao mundo Good Luck, Babe. Hit instantâneo, a canção narra a desilusão amorosa de uma mulher que vê sua amada fingir não gostar de meninas e ficar com homens para enganar a si mesma. Com melodias que remetem ao rock retrô de Kate Bush, a música já teve mais de meio bilhão de reproduções só no Spotify — plataforma em que ela possui 43 milhões de ouvintes mensais. Chappell ostenta sete faixas na Billboard Hot 100 e seu novo álbum, The Rise and Fall of a Midwest Princess, ocupa o segundo lugar de outro ranking da Billboard, atrás somente de F-1 Trillion, de Post Malone — ao lado desse rapper, aliás, ela desbancou o disco The Tortured Poets Department, de Taylor Swift, que figurava em primeiro havia quinze semanas.

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    De atendente de uma loja de donuts que cantava em festivais mequetrefes a atração de abertura dos shows de Olivia Rodrigo, Chappell conquistou espaço por apresentar algo que falta ao pop: autenticidade. Nascida mulher biologicamente, a cantora revela não se encaixar num único gênero e/ou orientação sexual, e abusa de looks extravagantes e maquiagens carregadas para assumir uma persona de drag queen — o que faz assumindo uma breguice divertida e decadente. Obviamente, ela não é a primeira mulher a se apoderar da arte comumente utilizada por homens gays — para ficar só no Brasil, a modelo Elke Maravilha (1945-2016) fez fama com estilo similar.

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    O objetivo de Chappell é fazer músicas que levem as pessoas para as pistas de dança, na contramão de artistas como Billie Ellish e Taylor, que lançam canções melancólicas a rodo. Além disso, ela celebra o amor lésbico — ou “sáfico”. “Eu queria me divertir, estava entediada cantando músicas tristes, por isso mergulhei no pop”, disse em entrevista recente. O alto-astral de músicas como Hot to Go!, Pink Pony Club e Red Wine Supernova é prova disso. Mas o sucesso repentino, ironicamente, ameaça se converter em problema para a artista soltinha. Chappell foi às redes sociais pedir que os fãs maneirem no assédio nas ruas. A boneca é atrevida, mas sabe se preservar.

    Publicado em VEJA de 30 de agosto de 2024, edição nº 2908

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