Carrie Fisher, um ano de saudade da princesa Leia
Atriz ganha novas homenagens da filha e de colegas de 'Star Wars'
Carrie Fisher, a eterna princesa Leia de Star Wars, morreu em 27 de dezembro de 2016 e deixou uma lacuna no coração dos fãs da franquia, que, com a perda, redescobriram todo o carisma e coragem da atriz, que se infiltrou em um meio predominantemente masculino e viu sua história ser marcada pela luta contra vícios. A recente estreia de Star Wars: Os Últimos Jedi, em cartaz no país, com as últimas cenas feitas por Carrie, deu verniz a um ano de homenagens — tributos que ganham novo volume nesta quarta-feira.
“Ninguém realmente se vai”, escreveu Mark Hamill, intérprete de Luke Skywalker, no Instagram. “Sinto sua falta”, publicou Billie Lourd, atriz e filha de Carrie, também na rede social.
Inicialmente como a princesa rebelde, Carrie era a única mulher com peso na trilogia original. Seu pioneirismo abriu portas para muitas atrizes no filão de ficção científica, espaço antes dominado por homens, e fez do rosto de Leia um dos símbolos dos movimentos feministas. Daisy Ridley, a nova protagonista da saga, Rey, é a máxima expoente do movimento começado por Carrie nos anos 1970.
“Ela era brilhante e obviamente todos teremos saudades. Mas sempre será a princesa que assumiu o comando e nunca recuou. Sempre estava ajudando os outros a saírem dos problemas que tinham criado. Sempre a amaremos”, disse George Lucas em um dos atos do evento Star Wars Celebration de Orlando. “É muito fácil sermos consumidos pela pena. Quando vou dormir, não há um dia até hoje em que eu não pense nela”, disse um emocionado Mark Hamill.
A morte de Fisher complicou os planos de Star Wars para o futuro, segundo revelou a presidente da Lucasfilm, Kathleen Kennedy. A empresa esperava que a atriz fosse a estrela do nono episódio, após Harrison Ford (Han Solo) ter sido o centro do sétimo e Mark Hamill (Luke Skywalker) o eixo do oitavo. Ainda não se sabe como a trama correrá no futuro para sanar a falta da atriz.
Carrie morreu aos 60 anos em Los Angeles, quatro dias depois de sofrer um infarto em um avião. No dia seguinte, morreu a mãe da atriz, Debbie Reynolds, a protagonista de Cantando na Chuva (1952). A luta contra vícios, um tema duro que acabou sendo tratado com humor por ela, deu o último tom à sua história: suas cinzas foram depositadas em uma urna com forma de pastilha de Prozac.