As escolas paulistanas preferiram dar verniz aos artistas, ritmos e ícones da cultura brasileira no Carnaval 2018. Em ano de eleição e discussões políticas na internet, o Sambódromo do Anhembi se mostrou, no primeiro dia de desfiles, palco de puro entretenimento, com homenagens que foram dos filmes de terror a Martinho da Vila. O segundo dia, que acontece neste sábado, terá enredos parecidos, com exceção da Império de Casa Verde. A escola é a única que se arriscará a fazer críticas aos políticos a partir de alegorias inspiradas na Revolução Francesa.
A escola, que questionará os excessos dos poderosos e a desigualdade social, é a segunda a desfilar na noite, a partir das 23h45, com o samba O Povo, a Nobreza Real. Antes, às 22h30, entra na avenida a X-9 Paulistana, com um enredo que lançará mão de ditados populares, sob o tema A Voz da Bonança e a Voz de Deus. Depois da Tempestade Vem a Bonança!.
A Mocidade Alegre retoma o clima de homenagens com um samba-enredo feito especialmente para Alcione. A escola desfila 00h40, com o tema A Voz Marrom que Não Deixa o Samba Morrer. Logo em seguida, à 1h45, a Vai-Vai também celebra um personagem da música nacional: Gilberto Gil, que terá sua carreira revisitada com o enredo Sambar com Fé Eu Vou.
Já a Gaviões da Fiel vai relembrar a história dos índios Guarus, que habitavam a cidade de Guarulhos, em São Paulo. O grupo desfila às 2h50 com o enredo Guarus – Na Aurora da Criação, A Profecia Tupi… Prosperidade e Paz aos Mensageiros de Rudá.
Às 3h55, a Dragões da Real vai usar frases de famosas composições sertanejas, como Evidências e Romaria, em um tributo ao gênero musical. O enredo foi batizado de Minha Música, Minha Raiz. Abram a Porteira Para Essa Gente Caipira e Feliz. Finaliza o desfile, às 5h, a Unidos de Vila Maria, com uma homenagem ao México e ao ator Roberto Bolaños, o eterno Chaves.