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Carlos Ruiz Zafón, autor de ‘A Sombra do Vento’, morre aos 55 anos

O escritor espanhol foi diagnosticado com câncer em 2018

Por Tamara Nassif Atualizado em 29 jul 2020, 16h08 - Publicado em 19 jun 2020, 14h58
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  • O espanhol Carlos Ruiz Zafón, autor do best-seller A Sombra do Vento, morreu nesta sexta-feira, 19, aos 55 anos em Los Angeles. Ele lutava contra um câncer de intestino desde 2018. Quem confirmou o falecimento foi a editora Planeta, publicadora oficial de Zafón na Espanha, em comunicado: “Hoje um dos melhores romancistas contemporâneos nos deixou, mas seguirá muito vivo entre todos nós por meio de seus livros.”

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    Considerado o autor espanhol mais lido desde Cervantes, Zafón nasceu em Barcelona e publicou seu primeiro livro, O Príncipe da Névoa, aos 30 anos, depois de abandonar uma carreira na área de publicidade. O autor conquistou o estrelato ao lançar A Sombra do Vento em 2001, o primeiro da tetralogia O Cemitério dos Livros Esquecidos, saga que terminou em 2016, dois anos antes do diagnóstico de câncer.

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    Traduzida para quase 50 idiomas, a obra é tida como o primeiro best-seller espanhol da geração de Zafón. Suspense ambientado em Barcelona, A Sombra do Vento segue Daniel, um garoto que, ao ser levado ao Cemitério dos Livros Perdidos, tenta desvendar o mistério que cerca o autor ficcional Julian Carax. Seu trecho mais emblemático foi citado no comunicado da editora Planeta: “Cada livro, cada volume que você vê, tem alma. A alma de quem o escreveu e a alma dos que leram, viveram e sonharam com ele.” 

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    No anúncio do quarto volume da saga, O Labirinto dos Espíritos, o autor explicou o porquê de nunca ter aceitado ofertas para adaptar a história da mágica biblioteca ao cinema, alegando que, para ele, os livros eram “uma homenagem à literatura, à palavra escrita. Seria uma traição transformá-los em obras para o cinema ou para a televisão”. Ele ainda disse que a tetralogia foi tudo que ele sempre sonhou: “São livros do meu próprio mundo, que falam de escrever e ler. Eu quis explorar o processo criativo do ato de contar uma história, e isso me permitiu entender muitas coisas sobre mim mesmo. Não sei se estou mais sábio, mas me sinto em paz comigo mesmo.”

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    Em outra ocasião, Zafón escreveu que ele sentiu não ter tido outra escolha a não ser escrever: “Às vezes me perguntam que conselho eu daria para quem aspira ser um autor. Eu digo que você só pode se tornar um escritor se a possibilidade de não ser o mataria. Do contrário, você estaria melhor fazendo qualquer outra coisa. Me tornei escritor, um contador de contos, porque teria morrido, ou até sofrido coisa pior, caso não tivesse.”

     

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