Cannes tem protesto feminista com sinalizadores e cartaz tocante
Grupo de 12 ativistas desenvolveu a ação durante a recepção de filme sobre assassinatos na indústria da prostituição

Um grupo de feministas tomou o tapete vermelho do Festival de Cannes nesse domingo, 22, para protestar contra o assassinato de mulheres na França. No total, 12 ativistas participaram da ação, que levou para o evento um cartaz com o nome de 129 mulheres mortas no país desde a última edição do festival, vítimas de violência doméstica.
O protesto aconteceu antes da abertura do filme Holy Spider, cujo enredo gira em torno do assassinato de mulheres ligadas à indústria da prostituição na cidade iraniana de Mashhad. Na trama do iraniano Ali Abbasi, uma jornalista investiga o assassinato em série de profissionais do sexo na região por um serial killer denominado de “assassino aranha”. A história é baseada no caso real de Saeed Hanaei, que matou pelo menos 16 mulheres com a justificativa de que estaria “purificando” a região de pecadoras.
Vestidas de preto, as ativistas, identificadas pela agência de notícias France-Press como integrantes do coletivo feminista Les Colleuses, chegaram ao local antes do elenco e da equipe do filme. Sem serem incomodadas pela segurança, as mulheres exibiram o cartaz com os nomes das vítimas, e dispararam sinalizadores com fumaça preta nas escadarias do Palais des Festival.
A ação acontece dias depois que outro protesto agitou a Riviera Francesa. Na sexta-feira, 20, uma ativista usou o tapete vermelho do festival para se manifestar contra o abuso sexual de mulheres ucranianas na guerra com a Rússia. A mulher apareceu seminua na recepção do filme Three Thousand Years of Longing, de George Miller, exibindo uma bandeira da Ucrânia pintada nos seios com os dizeres “parem de nos estuprar”, além de marcas de mãos em vermelho nas coxas e na virilha.
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