A apresentadora Sabrina Sato mandou uma mensagem no início da tarde desta terça-feira para Marcos Chiesa, o Bola do Pânico, desejando boa sorte ao ex-colega. Nesta segunda, com um vídeo no Instagram, Bola anunciou que está deixando o programa e a rádio Jovem Pan, onde atuou nos últimos 25 anos.
Segundo ele, a saída do Pânico da televisão – a Band o tirou do ar em 2017 – depois de catorze anos, divididos entre a emissora do Morumbi e a RedeTV!, influiu na decisão, mas a principal motivação para deixar o programa foi a “pentelhação” que os humoristas sofrem a cada piada que fazem.
“A saída da TV influenciou, mas eu estava cansado do formato do Pânico, que mudou, e eu perdi o tesão. O formato anterior, mais desbocado, não volta nunca mais, hoje o mundo está muito chato, qualquer brincadeira dá processo. Qualquer coisa que você fala é motivo de pentelhação, de encheção”, diz.
Bola conta que, a princípio, Emilio Surita, criador do Pânico, tentou demovê-lo da ideia, mas o humorista usou uma frase do próprio Surita para fazê-lo entender que seu ciclo havia fechado, como diz. “Ele me falou um negócio uma vez que eu guardei, ‘Quando você não está satisfeito com o que está fazendo, é melhor sair’. Ele acabou entendendo”, conta. “Ele é meu irmão. A gente nunca teve uma briga, uma discussão, nada.”
“Foi uma decisão bem pesada, passei um tempinho pensando nisso. Vi que meu ciclo estava fechado. Estou velho para o Pânico”, diz o humorista, que tem 50 anos e se define como um “moleque”. Por “velho”, ele quer dizer alguém que passou muito tempo no Pânico.
Agora, Bola planeja retomar um programa sobre carros que apresentou há dois anos no Band Sports, o Car and Driver, na TV ou no Youtube.