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Berlim mostra a outra face de Maria Antonieta

Filme que abriu o festival retrata a fútil rainha da França como uma mulher frágil, e de inclinações lésbicas

Por Carlos Helí de Almeida, de Berlim
9 fev 2012, 13h55
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  • Clichê da monarca fútil e sem coração, visão perpetuada em livros de história, romances e filmes, Maria Antonieta (1755-1793) surge à beira de um ataque de nervos e demonstrando inclinações lésbicas em Les Adieux à la Reine, longa-metragem de Benoït Jacquot (A Escola da Carne) que abriu a competição do 62º Festival de Berlim na manhã desta quinta-feira.

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    Adaptação do livro homônimo do escritor Chantal Thomas, o drama de época reproduz o clima dos dias que se seguiram à tomada da Bastilha (14 de julho de 1789, data oficial do início da Revolução Francesa) e contado sob o ponto de vista da criadagem do Palácio de Versalhes, último endereço da monarquia francesa.

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    A narração é conduzida pela memória de Sidonie Laborde (Léa Seydoux, de Missão Impossível – Protocolo Fantasma), jovem que lia livros para Maria Antonieta, interpretada pela atriz alemã Diane Kruger (Bastardos Inglórios). É por intermédio dela que o espectador entra em contato com a vida por trás dos grandes salões da corte francesa e a intimidade da rainha, por quem Sidone demonstra grande admiração.

    “Quando faz um retrato de uma figura como Maria Antonieta, o primeiro impulso é deixar-se guiar pelas ideias preconcebidas que tinhamos sobre ela, em termos de aparência e comportamento. O filme exibe o seu lado mais íntimo, vulnerável, à beira da loucura, capaz de confiar na revelação de seu amor pela marquesa Gabrielle de Polignac (vivida pela atriz francesa Virginie Ledoyen), em um momento em que o mundo em torno dela está acabando”, descreveu Diane.

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    Embora ambientado na periferia de Paris do século XVIII, Les Adieux à la Reine se alinha com o foco principal da programação do festival deste ano, que lança luzes sobre os levantes sociais registrados nos países árabes neste início de década. “Toda revolução envolve questões de abuso de poder e dinheiro, situações que continuam se repetindo nos dias de hoje”, concordou a atriz.

    Autor celebrado no circuito de arte, Jacquot , aqui dirigindo seu primeiro filme com ambições de conquistar um público mais amplo, fez coro: “A luta de classes ainda existe”. “As pessoas não aprendem com a história, continuam cometendo os mesmos erros ao longo dos séculos”, complementou Diane.

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