Diretor responsável por um dos núcleos de programas da Rede Globo, ele lutava contra um câncer no esôfago desde maio de 2011
Por Da Redação
11 nov 2012, 21h37
Passado pouco mais de um ano após ter diagnosticado um câncer no esôfago, o ator e diretor Marcos Paulo, da Rede Globo, morreu na noite deste domingo em sua casa no Rio de Janeiro. A causa do falecimento foi embolia pulmonar.
Segundo comunicado divulgado pela Central Globo de Comunicação em maio de 2011, quando o diretor descobriu o tumor em exames de rotina, foi dado início imediato ao tratamento. Após ser submetido a uma cirurgia para remover o câncer, ele deixou o hospital em três semanas e, aos poucos, retomou normalmente suas atividades.
Marcos Paulo era paulistano, nascido em 1º de março de 1951, e passou boa parte de sua vida no Bixiga – bairro conhecido pela boemia e pelas marcas da imigração na cidade de São Paulo. Ele era filho adotivo do ator e diretor Vicente Sesso, o que lhe garantiu contato precoce com a TV.
Sua carreira artística na televisão começou com a interpretação. Como ator, desde 1967, fez diversas novelas de sucesso, como Gabriela (1975), Sinhá moça (1986) e Tieta (1989). Um personagem marcante de sua carreira foi o primo Basílio, do romance homônimo de Eça de Queiroz, que foi transportado pela Globo para a TV, no formato de minissérie, em 1988.
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Seu primeiro trabalho como diretor foi na novela Dancin’ days (1978). Com o passar dos anos, Marcos Paulo evoluiu profissionalmente dentro da Rede Globo, tornando-se o responsável por um dos núcleos de direção de programas da emissora. No cargo, ele produziu ao longo de 24 anos, além de novelas, a série Malhação, especiais de fim de ano, o humorístico Os caras de pau, entre outros programas.
No cinema, o diretor lançou no ano passado seu primeiro – e único – longa-metragem, o filme Assalto ao Banco Central, recebido com desdém pela crítica especializada, mas que teve bom desempenho nas bilheterias, chegando a 1,9 milhão de espectadores.
O diretor havia feito, algumas semanas atrás, exames de rotina que apontaram que o tumor de esôfago tratado em 2011 não tinha voltado, informou a coluna GPS, do site de VEJA. Esse resultado sugere que a embolia e o câncer não estão relacionados.
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