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Análise do coração revela que Chopin morreu de tuberculose

Nos últimos anos cientistas levantaram a hipótese de ele ter sucumbido a uma fibrose cística, ideia agora descartada

Por agência EFE
Atualizado em 9 nov 2017, 10h51 - Publicado em 9 nov 2017, 10h49
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  • Um estudo sobre o coração de Frédéric Chopin, que há 170 anos é conservado em um frasco com álcool na Igreja da Santa Cruz, em Varsóvia, revelou que a morte do músico foi causada por complicações derivadas de uma tuberculose, de acordo com os cientistas que examinaram os restos mortais do compositor polonês. Os resultados preliminares foram divulgados pela revista científica American Journal of Medicine em outubro. Em fevereiro do ano que vem, será publicado o artigo final.

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    O atestado de óbito de Chopin, que nasceu em 1810 em Zelazowa Wola e morreu em Paris com apenas 39 anos, já apontava que ele havia falecido de tuberculose, mas nos últimos anos cientistas levantaram a hipótese de ele ter sucumbido a uma fibrose cística, ideia agora descartada.

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    Michal Witt, professor da Academia de Ciências da Polônia e responsável pela equipe encarregada da pesquisa, diz que o compositor morreu por causa de uma pericardite — inflamação do tecido que cobre o coração — provavelmente provocada pela tuberculose. Segundo o pesquisador, o exame do frasco com o coração do músico foi feito há três anos, em segredo, e com todo o cuidado, já que o pianista não é somente um renomado compositor, mas também um símbolo da Polônia.

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    “Não abrimos o frasco onde o coração está porque isso teria acabado com o conteúdo”, explicou Witt, que contou que, mesmo assim, foi possível fazer uma minuciosa análise do estado do órgão, atualmente inchado, com tamanho muito maior do que o normal, e coberto com uma substância esbranquiçada.

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    A análise foi acertada com a Igreja Católica e com o Ministério da Cultura, inicialmente para determinar o estado de conservação do órgão, o único do pianista que ficou na Polônia junto com alguns fios de cabelo, já que Chopin foi enterrado no Cemitério do Père-Lachaise, em Paris. O coração foi levado a Varsóvia, a sua cidade natal, graças a um pedido expresso do pianista feito quando ele ainda estava vivo.

    Lá permaneceu desde então, numa coluna da Igreja da Santa Cruz, na capital polonesa, com a inscrição: “Onde estiver o seu tesouro, lá também estará o seu coração”, em alusão à passagem bíblica Mateus 6:21.

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    O coração de Chopin só mudou de lugar durante o levante de Varsóvia contra a ocupação nazista, em 1944, quando a resistência polonesa o entregou a um oficial, que o manteve no quartel alemão até o fim da Segunda Guerra Mundial, quando foi devolvido à Igreja.

    Hoje, Fryderyk Franciszek Chopin — como o seu nome é escrito em polonês — é um símbolo nacional, e seu amor pela Polônia é inegável, mas ele também é lembrado como alguém que viveu uma etapa crucial da vida em Paris e era filho de Nicolas Chopin, um francês expatriado.

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    Nascido no vilarejo pertencente à cidade de Sochaczew, o compositor viveu na Polônia até 1831, quando se mudou para Paris. Lá, ele morou grande parte da vida, conheceu aquela que é considerada o seu grande amor, a romancista George Sand, e entrou para a história como um compositor admirado em todo o mundo.

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