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Allison Mack é condenada a 3 anos de prisão por participar de seita

Em declaração ao tribunal, a atriz de 38 anos disse que estava arrependida e pediu desculpas às vítimas

Por Da Redação Atualizado em 1 jul 2021, 00h58 - Publicado em 30 jun 2021, 15h56
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  • Acusada de participar de um esquema de tráfico sexual e trabalhos forçados para um grupo de autoajuda chamado NXIVM (pronuncia-se “nexium”), a atriz americana Allison Mack foi condenada nesta quarta-feira, 30, a três anos de prisão, nos Estados Unidos. Conhecida por interpretar um dos personagens principais da série de TV Smallville, Allison havia se declarado culpada das acusações e renegou o líder do culto, Keith Raniere, dizendo ao juiz que estava cheia de “remorso e culpa”: “Fiz escolhas das quais me arrependerei para sempre”.

    O juiz Nicholas Garaufis disse que acreditava na sinceridade das palavras da atriz, mas reiterou que ela merecia uma sentença séria por ter se tornado “uma aliada voluntária e proativa” de Raniere. De acordo com o código processual americano, ela deveria encarar entre 14 e 17 anos e meio atrás das grades, mas sua equipe de defesa argumentou que liberdade condicional ou uma sentença de prisão domiciliar seria mais apropriado. Os promotores concordaram que, em razão da cooperação dela, uma sentença menor estava de bom tamanho.

    Allison, de 38 anos, fazia parte do círculo de amigos mais próximos de Raniere. Os promotores disseram que ela se tornou uma “senhora de escravas” e que as convencia a “trabalhar, tirar fotos nuas e, em alguns casos, se envolver em atos sexuais com Raniere”. Durante as investigações, ambos fugiram para o México, a fim de tentar reconstituir o grupo lá. Ele foi preso e enviado para os EUA em março de 2018; a atriz foi presa alguns dias depois. O caso se tornou tema de uma minissérie documental da HBO, The Vow.

    Ela colaborou fornecendo  informações aos promotores sobre como Raniere, agora com 60 anos, encorajou “o uso de linguagem degradante e depreciativa, incluindo calúnias raciais, para humilhar as chamadas ‘escravas'”. Mais importante, ela forneceu uma gravação de uma conversa que teve com o falso guru sobre a marcação das mulheres a laser. A marca deveria envolver “um tipo de posição vulnerável”, com “mãos provavelmente acima da cabeça sendo seguradas, quase como se estivessem amarradas, como um sacrifício”, disse ele na conversa.

    Raniere foi condenado no ano passado a 120 anos de prisão por tráfico sexual. Clare Bronfman, de 41 anos, herdeira da família Seagram, foi condenada a quase sete anos de prisão em setembro por seu papel como benfeitora do guru.

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