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Adaptação de ‘Laços’, de Domenico Starnone, emociona o Festival de Veneza

Filme abriu o evento narrando trama sobre família que se reergue: uma mensagem ao país que tanto sofreu na pandemia

Por Lucas Almeida, de Veneza
Atualizado em 8 set 2020, 16h36 - Publicado em 2 set 2020, 17h36
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  • Cena do filme 'Lacci', adaptação do livro 'Laços', de Domenico Starnone, dirigido por Daniele Luchetti (Gianni Fiorito/Divulgação)

    É bastante significativa a escolha de Lacci, de Daniele Luchetti, adaptação do romance Laços, do italiano Domenico Starnone, como o filme de abertura da 77º edição do Festival de Veneza, iniciada nesta quarta-feira, 2. O evento de alcance mundial, que costuma ser porta para vencedores do Oscar, há onze anos não começava com um título local. Celebrar a cultura italiana, em um ano de tantas dores para sua população, e ainda tratar de um tema familiar, em que um casal vai ao fundo do poço, para depois se reerguer, é, no mínimo, simbólico e até apropriado.

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    Com cenas gravadas nas cidades de Nápoles e Roma, o longa acompanha o casamento de Aldo e Vanda, união que entra em crise quando ela descobre um caso de traição no início da década de 1980. Em um salto para os anos 2010, o casal continua junto. O longa alterna entre cenas do passado e do presente dos personagens, entregando aos poucos as motivações para os dois permanecerem casados, enquanto apresenta os efeitos que a relação causa em seus dois filhos.

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    Apesar da trama densa, o filme é leve, sem deixar de ser intenso, e trata com delicadeza as idiossincrasias familiares que, no fim do dia, dizem respeito apenas aos que convivem entre as mesmas paredes.

    “A história termina nos primeiros cinco minutos: o casal se separa. O filme, então, é composto pelas ações dos personagens a partir disso”, afirmou Luchetti em coletiva de imprensa em Veneza. Entre cenas de grandes bate-bocas, com direito a personagens gritando, quebrando objetos domésticos ou batendo portas, o filme ainda consegue se aprofundar nas relações de uma família napolitana com diálogos amorosos e relacionáveis.

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    Segundo o diretor, o longa conseguiu uma independência do livro quando, no set, Luchetti encorajava os atores a criarem cenas de forma espontânea. Em uma das atuações improvisadas que entrou para a produção, Vanda tenta agredir o marido no meio da rua, em frente aos filhos. “As reações dos atores são muito fortes, porque elas são verdadeiras”, brincou o diretor.

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    O dia no Festival foi marcado por discursos acalorados em favor do cinema e do retorno das atividades culturais. Luchetti não ficou de fora. “Vida longa aos festivais, que nos permitem celebrar o verdadeiro significado do nosso trabalho”, disse. “Se alguém pensou que o cinema não tinha propósito, esta pandemia provou o contrário.”

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    A reportagem de VEJA assistiu ao filme na primeira sessão do dia de abertura, às 8h30. Os visitantes já pareciam acostumados com as novas normas. Além de não filmarem ou fotografarem a sessão, como já é de praxe, todos respeitaram o uso de máscara durante o filme e o distanciamento social — funcionários do local ficavam à postos nos corredores laterais, para garantir o cumprimento das regras.

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