A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, entidade responsável pelo Oscar, aprovou nesta quarta-feira um código de conduta para seus membros após os escândalos de assédio sexual de Hollywood revelados recentemente – entre eles, aquele protagonizado por Harvey Weinstein, expulso do grupo após ser acusado por dezenas de mulheres.
“Os membros devem se comportar de maneira ética ao apoiar os valores da Academia de respeito à dignidade humana, inclusão e um ambiente acolhedor que promova a criatividade”, diz o texto assinado pela diretora executiva Dawn Hudson enviado aos membros na noite de quarta e publicada no Twitter por alguns jornalistas. “A Academia pede que seus membros usem de sua responsabilidade para apoiar esses princípios e ajam quando esses princípios forem violados. Não há lugar na Academia para pessoas que abusam de seu status, poder ou influência de maneira que viole os padrões reconhecidos da decência.”
“A Academia é categoricamente contra qualquer tipo de abuso, assédio ou discriminação baseado em gênero, orientação sexual, raça, etnia, deficiência, idade, religião ou nacionalidade”, diz o comunicado. O texto também prevê que os membros que não cumprirem essas determinações estarão sujeitos a medidas disciplinares, incluindo suspensão ou expulsão.
Weinstein foi expulso em outubro, após ser acusado de assédio e abuso sexual por dezenas de mulheres. Outros nomes que fazem parte da Academia, como Kevin Spacey, também acusado de assédio por diversos colegas, continuam na entidade. O comunicado do grupo afirma que está analisando algumas “denúncias de má conduta” e que vai se pronunciar sobre quais medidas tomar no ano que vem.