Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

A vida pós-cancelamento na internet

A retomada após o paredão on-line costuma ser um desafio excruciante

Por Carolina Giovanelli Atualizado em 4 jun 2024, 13h47 - Publicado em 24 jul 2020, 06h00

Em março de 2017, o cantor Gustavo Amaral, o Gustavito, de 33 anos, teve a vida abalada por uma denúncia no Facebook. Uma jovem anônima deu a entender que foi estuprada por ele, que teria ainda transmitido HPV a ela. “Sofria ataques pesados e não conseguia me defender. As pessoas não estavam interessadas no que ocorreu, mas em descarregar seu ódio”, lembra. Artista em ascensão, Gustavito teve shows desmarcados e entrou em depressão. “Fui ‘cancelado’ dos ambientes que frequentava, e fiquei com medo de sair de casa.” Em setembro passado, ele venceu um processo por calúnia, e a moça teve de se retratar. “Mas reparar totalmente a situação não tem como. O tempo não volta”, lamenta ele.

CAPA: De Anitta a Drauzio Varella, o cancelamento destrói reputações nas redes

A retomada da vida após o cancelamento é um desafio excruciante. Se a internet não esquece nem os menores pecadilhos do passado dos famosos, que dirá perdoar quem foi condenado no tribunal das redes? Cada um tenta superar o baque da forma que pode — num caso extremo, como o de Gustavito, apela-se para a Justiça. Mas a volta à normalidade frequentemente é um processo longo e requer esforços em várias frentes, na tentativa de aplacar os danos causados, às vezes, por um único deslize fatal. A influenciadora fitness Gabriela Pugliesi foi alvejada por ter dado uma festa em sua casa em meio à pandemia. Perdeu mais de 100 000 seguidores, pediu perdão e desativou sua conta de Instagram, com mais de 4 milhões de fãs, deixando de faturar até 200 000 reais por mês com publicidade. Voltou na última segunda, 20, com um vídeo sobre aprender com os erros e crescer na adversidade. “A gente tem de ter cuidado para não se perder na internet. Para não entrar na energia errada que muita gente dissemina aqui, esse ódio, esse julgamento”, disse.

É raro, mas o contrário existe: há quem se beneficie do cancelamento. Graças à exposição com os ataques que sofreu por praticar bullying com uma garotinha na Disney, o cantor MC Gui ganhou 100 000 seguidores. Em vez de calar, os canceladores eventualmente podem dar força aos seus alvos virtuais.

Publicado em VEJA de 29 de julho de 2020, edição nº 2697

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.