O Carnaval de rua de São Paulo está sem patrocínio. As empresas interessadas em apoiar o evento deveriam se inscrever no edital aberto no dia 9 e concluído nesta terça-feira, 22, pela Prefeitura de São Paulo. Nenhuma marca se candidatou ao apoio, que precisaria cobrir um orçamento de 19 milhões de reais para que os cofres públicos sejam poupados.
O calendário oficial do Carnaval de São Paulo começa no fim de semana do dia 23 de fevereiro, quando os principais blocos de rua dão início a seus desfiles.
A Dream Factory venceu o edital no ano passado. Mas como agora, a primeira rodada do edital também resultou em licitação deserta, nome técnico para a falta total de inscritos. Em 2019, a empresa só entrou depois que a doação mínima foi reduzida de 1,6 milhão de reais para 400.000 reais. O custo total da festa de rua era então de 15.000 reais.
Apesar da manifestação de interesse no apoio no início do ano, a firma de live marketing, que é parceira da Ambev, se manteve fora dessa primeira rodada. Especula-se que possa haver uma nova negociação da doação obrigatória, destinada a um fundo de cultura administrado pela Prefeitura. A Dream Factory também patrocinou o evento de 2017.
A previsão, atualmente, é que o Carnaval de rua paulistano tenha 569 blocos inscritos para 633 desfiles. O patrocinador terá de oferecer ambulâncias, UTI’s móveis, agentes de limpeza, apoio de trânsito, banheiros químicos, câmeras de segurança. A contrapartida é a exibição da marca. A estimativa é que a festa paulistana chegue a 5 milhões* de participantes.
* A estimativa foi atualizada pela Prefeitura de São Paulo em 24 de janeiro.