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A perturbadora opção de um ídolo do cinema pelo suicídio assistido

Ícone do cinema francês e europeu, Alain Delon anunciou que, aos 86 anos, dará fim à própria vida na Suíça, país onde o procedimento é permitido

Por Marcelo Canquerino Atualizado em 30 mar 2022, 09h16 - Publicado em 29 mar 2022, 15h57
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  • Alain Delon durante a 66° Festival de Cannes em 2013, na França
    Alain Delon durante a 66° Festival de Cannes em 2013, na França (Pascal Le Segretain/Getty Images)

    Considerado por décadas o homem mais sedutor do cinema, Alain Delon sempre deixou claro que nunca gostou da ideia de ficar velho. “Envelhecer é uma m*rda!. Você não pode fazer nada sobre isso. Você perde o rosto, a visão. Levanta e, caramba, seu tornozelo dói”, declarou ele pouco tempo antes de ser hospitalizado em decorrência de um AVC, em 2019. Alquebrado pelas sequelas do derrame, o ator francês de 86 anos comunicou nesta semana ao mundo que realizará um suicídio assistido na Suíça — país onde vive atualmente e onde o procedimento é permitido desde 1942, desde que não seja movido por motivos egoístas.

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    A declaração, feita através de um post no Instagram, veio um dia após a imprensa publicar um trecho da autobiografia de seu filho, o ator francês Anthony Delon, sobre a decisão do pai. No livro Entre chien et loup (Entre Cão e Lobo, em tradução livre), Anthony explica que Delon lhe pediu para organizar todo o processo do suicídio assistido e ajudá-lo durante seus últimos momentos. Além disso, o filho também especificou na publicação que não gostaria de assumir o papel de executor e deixou a função para sua meia-irmã Anouchka, fruto do relacionamento de Alain com Rosalie van Breemen. Ao contrário de uma eutanásia, na qual uma terceira pessoa coloca fim à vida do paciente, no suicídio assistido o paciente tem apenas auxílio de terceiros para por fim a própria vida, ingerindo ou autoadministrando medicações letais.

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    Alain Delon contruiu uma magnífica carreira antes de aposentar, em 2017. Estrela de grandes filmes como O Sol Por Testemunha (1960), adaptação do clássico livro escrito por Patricia Highsmith, O Leopardo (1963) e O Samurai (1967), o ator estava afastado da mídia nos últimos anos. Sua última aparição pública significativa aconteceu no Festival de Cannes, em 2019, quando ele ganhou a Palma de Ouro Honorária em função de sua bela trajetória no cinema. Além de brilhar nas telas, o ator também era considerado um ícone de beleza e charme — posto que ocupou durante anos. “As mulheres eram todas obcecadas por mim. Dos 18 aos 50 anos”, disse em entrevista a revista americana GQ.

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    O ator francês Alain Delon.
    O ator francês Alain Delon. (veja.com/VEJA)

    A perturbadora opção pelo suicídio assistido já era cogitada pelo ícone do cinema francês e europeu há muito tempo. Em entrevistas recentes, ele falou sobre ser a favor do procedimento. “Primeiro, porque moro na Suíça, onde é legalizado, e também porque acho que é a coisa mais lógica e natural a se fazer”, disse durante entrevista a um canal de televisão local. “A partir de uma certa idade, de um certo momento, a pessoa tem o direito de sair tranquilamente, sem passar por hospitais, injeções, etc…” Durante a mesma entrevista, Delon também explicou que o testamento e a partilha de sua herança já estão acertados. Vale lembrar que essa não é a primeira vez que o assunto suicídio assistido ronda a família do ator. Sua esposa, a atriz Nathalie Delon, mãe de Anthony, também havia optado por dar fim à própria vida na Suíça usando o procedimento porém, ela acabou morrendo antes, em janeiro de 2021, aos 79 anos, em decorrência de um câncer no pâncreas.

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