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Vídeos: sete exemplos de heroísmo da população ucraniana

Resistência de pessoas comuns tem ajudado a reduzir a velocidade do avanço russo e vídeos das façanhas estão viralizando nas redes sociais

Por André Sollitto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 1 mar 2022, 17h51 - Publicado em 1 mar 2022, 17h50
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  • O presidente russo Vladimir Putin não esperava encontrar tanta resistência do povo ucraniano. Esperava uma vitória rápida e uma ocupação sem grandes incidentes, mas o que está acontecendo é o oposto disso. O avanço de tanques e outros blindados russos tem sido limitado pela resistência desarmada, mas feroz da população.

    Vídeos que circulam nas redes sociais mostram cenas de bravura. Em um deles, pessoas comuns se posicionam em frente a um tanque russo. Sozinho, decide recuar.

    Em outro vídeo, uma multidão impede o avanço de um enorme comboio russo composto por tanques, caminhões e outros veículos enquanto cantam o hino da Ucrânia.

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    Em Melitopol, outro comboio encontro resistência semelhante. Nem mesmo a aproximação de um caminhão blindado faz o povo retroceder. Eles gritam “vocês não são bem-vindos aqui. Vão embora!”.

    Nem sempre a estratégia funciona. Em um vídeo divulgado pelo Kyiv Post, um pequeno grupo de pessoas tenta impedir o avanço de blindados se pendurando nos veículos. A cena remete aos protestos da praça da Paz Celestial, em Pequim, em 1989. Os tanques desviam das pessoas e continuam em seu caminho.

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    Há inúmeros registros de heroísmo. Uma senhora ucraniana encarou soldados russos fortemente armados na cidade portuária de Henichesk, no sul do país. “O que vocês vieram fazer em nossa terra?”, questiona ela, encarando um militar invasor, que tenta amenizar a situação e pede que ela se afaste. “Você deveria colocar sementes de girassol nos bolsos, assim eles vão crescer no solo ucraniano depois que você morrer”, diz ela, antes de ir embora. O vídeo viralizou nas redes e a mulher, não identificada, se tornou um exemplo da resistência ucraniana.

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    Mas ela não está sozinha. Em outro registro divulgado nas redes sociais, um homem encara dois soldados russos. Ao fundo, é possível ver tanques invasores. “O que vocês estão fazendo aqui? Nós temos nossa vida e vocês tem a sua”, diz ele. “Eu sou russo também, mas moro nesse país. Vocês não têm problemas no país de vocês? Lá são todos ricos? Que vergonha”. A gravação não mostra o final do discurso.

    Há exemplos de bravura longe do front. A correspondente Lisa O’Carroll, que faz a cobertura do conflito para o jornal inglês The Guardian, criticou duras críticas à posição do Reino Unido em uma entrevista cara a cara com o premiê Boris Johnson. “A Grã-Bretanha garante a nossa segurança, de acordo com o Memorando de Budapeste. Mas você não foi a Ucrânia, não foi a Polônia. Porque você teve medo. A OTAN está com medo da terceira guerra mundial. Mas ela já começou, e são as crianças ucranianas que estão sofrendo”, diz ela. O documento a que ela se refere foi assinado em 1994 e garante assistência à Ucrânia, Belarus e Hungria após os três países desistirem de suas armas nucleares.

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