Garota da zona sul e ex-primeira-dama. Esposa, mãe, amante de cães e sempre acolhedora. É assim que Michelle Obama se apresenta aos seus mais de 57 milhões de seguidores no instagram. Mas ainda falta uma definição importante sobre sua figura: ela também é um ícone fashion. Nesse quesito, a esposa de Barack Obama é uma das ex-primeiras damas dos Estados Unidos mais adoradas pelo universo da moda, comparada apenas à Jackie Kennedy Onassis na década de 1960, quando Michelle nasceu.
Tornou-se um símbolo de estilo no período em que o marido presidia o país, de 2009 a 2017, e continua até hoje, 17 de janeiro, dia em que completa 60 anos. “Antes de tudo, uso o que amo. É nisso que as mulheres devem se concentrar: o que as faz felizes e o que as faz sentir confortáveis e bonitas”, disse Michelle, certa vez.
Mas não é só isso: assim como outras mulheres que se sobressaíram em posições de muita visibilidade – tais como a Rainha Elizabeth II e a Princesa Diana – ela também sabe exatamente como usar a roupa a seu favor, não só para emoldurar a silhueta, mas também como um poderoso instrumento para passar mensagens que combinem com suas atitudes e postura perante a diversos assuntos e que vão muito além da moda.
Estilo com Identidade
No ano passado, por exemplo, durante a turnê para divulgar seu livro “Nossa Luz Interior” (The Light We Carry: Overcoming in Uncertain Times – Crown Publishing), com conteúdo bem pessoal, em que fala de seu dia a dia e dá conselhos sobre ansiedade e inseguranças, Michelle apostou em um estilo mais fashion e com looks repletos de informação de moda, com direito a camisetas com estampa da diva negra Diana Ross e tranças, que não são só elementos de estilo, mas carregam identidade, luta e história em seus vários significados relacionados à ancestralidade negra.
Visual muito diferente dos cabelos lisos – “os americanos não estavam preparados para meu cabelo natural”, disse ela em entrevista – e as roupas “estilo primeira-dama” que usava quando ocupava essa posição como a primeira afro-descendente na Casa Branca, cheias de cinturas marcadas e comprimentos midi, além de cores neutras e vestidos de estilistas famosos, em especial Jason Wu, que a deixavam como uma rainha. Tudo parte de uma bem-sucedida estratégia de cuidado extremo com sua imagem, já que tudo o que fazia e vestia virava notícia.
Agora, porém, é nítido que Michelle usa o que quer e, mais do que isso, se sente confortável. Ela claramente anda seguindo seu próprio conselho às mulheres. “Quero que sintam bem consigo mesmas e se divirtam com moda”. Algo que, aliás, ela faz muito bem.