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Corpo de freira que não se decompôs atrai turistas nos Estados Unidos

Wilhelmina Lancaster foi uma das fundadoras do monastério e morreu em 2019

Por Luiz Paulo Souza Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 2 jun 2023, 16h35 - Publicado em 2 jun 2023, 13h50

Nos últimos meses, o monastério Beneditinos de Maria, Rainha dos Apóstolos, na cidade de Gower, no estado americano do Missouri, tem trabalhado para construir um santuário no oratório da instituição. Uma das etapas incluía a recuperação dos restos mortais do corpo de uma de suas fundadoras, a irmã Wilhelmina Lancaster, que morreu em 2019. No entanto, ao fazer a exumação do corpo, em abril, tiveram uma surpresa. Ao invés de encontrar as ossadas da freira, descobriram o corpo praticamente intacto. 

“A intenção era devocional”, diz a nota divulgada pelo monastério. “Contudo, a descoberta do que parecia ser um corpo intacto e um hábito religioso perfeitamente preservado criou uma reviravolta inesperada em nossos planos.”

Desde lá, fiéis de todo o país têm peregrinação para a cidade de apenas 1800 habitantes para testemunhar o suposto milagre, tocar no corpo da freira e levar para casa restos do túmulo. As filas são organizadas por voluntários e oficiais de segurança locais. 

Corpo da irmã Wilhelmina Lancaster, encontrado intacto após 4 anos da sua morte
Corpo da irmã Wilhelmina Lancaster, encontrado intacto após 4 anos da sua morte (Reprodução/Facebook)

De acordo com o informe, o monastério não tinham a intenção de tornar publica essa descoberta, mas um email interno foi vazado e a informação logo se espalhou por todo o país. “Deus trabalha de maneiras misteriosas, e nós abraçamos Seu novo plano para nós”, diz a nota.

O grande movimento, no entanto, gera preocupações a respeito da integridade dos restos mortais e, por isso, a partir da próxima semana o corpo só poderá ser observado através de um santuário de vidro. As pessoas ainda poderão visitar o local e coletar terra do sepulcro. 

Investigações futuras serão conduzidas para esclarecimento do ocorrido, mas especialistas afirmam que, mesmo surpreendente, o fenômeno não é tão raro quanto parece. “Normalmente, quando enterramos pessoas, não as exumamos”, disse à Associated Press a instrutora de arqueologia da Western Carolina University, Rebecca George, para explicar a raridade do achado. “Com 100 anos, pode não sobrar nada. Mas quando você tem apenas alguns anos, isso não é inesperado.”

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De fato, o fenômeno é consideravelmente comum, mesmo em corpos não passam por nenhum tipo de embalsamento. O caso do Padre Pio, morto em 1968 e canonizado em 2002 é um clássico. O acontecimento não se restringe a pessoas ligadas a igreja. O corpo de Katherine Parr, sexta esposa do rei britânico Henrique VIII, falecida em 1548, também passou por conservação semelhante.

A explicação está nos processos naturais de secagem ou petrificação, que ocorrem quando o corpo é enterrado em condições de baixa umidade e garantem a preservação antes que ele seja deteriorado por bactérias. Outra possibilidade é chamada de adipocere, processo através do qual bactérias que não consomem oxigênio transformam a gordura do corpo em uma cera que o mantém rígido e protegido dos processos natural de decomposição.

Ainda assim, o fenômeno gerou discussões a respeito da beatificação de Lancaster. Tradicionalmente, o corpo intacto não é um sinal oficial levado em consideração para o processo, mas é visto como um testemunho adicional da santidade. Esse pedido, contudo, só pode ser feito cinco anos após a morte do indivíduo, que no caso da irmã, estarão completos apenas em 2024.

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