Comemorado nesta quarta-feira, 21 de agosto, o Dia Internacional da Moda foi instituído para ressaltar a importância dessa indústria na sociedade contemporânea. Associado diretamente ao vestir, ato que surgiu da necessidade de proteger o corpo do frio nos tempos remotos, o termo “moda” (do latim “modus) só apareceria no final da Idade Média, mais precisamente no século 15, para diferenciar as classes sociais – algumas cores e tecidos só poderiam ser usados pelos nobres.
Embora não se saiba exatamente a origem da efeméride, hoje vem como uma forma de destacar algo que vai muito além de roupas e sapatos. A moda é uma poderosa ferramenta de expressão cultural que envolve estilo, criatividade, individualidade, identidade, manifesto e tantos outros comportamentos e sentimentos.
A moda também reflete tendências e mudanças sociais, culturais e até políticas, retratando épocas e influenciando movimentos culturais. Sendo uma das maiores indústrias globais, também desempenha um papel importante na economia mundial, com significativo impacto econômico e ambiental – hoje, tem como um dos maiores desafios a incorporação de iniciativas sustentáveis.
Atualmente, o mercado mundial de vestuário é estimado em US$ 1,36 trilhão e deve atingir US$ 1,78 trilhão em 2029. No e-commerce, é o segmento de maior faturamento, registrando vendas de US$ 525 bilhões anuais, e com expectativa de US$ 1 trilhão de dólares até 2025.
No Brasil, o varejo físico apresentou um volume total de vendas de R$ 244,7 bilhões em 2022, representando 92%, sendo que o e-commerce representa 8% do faturamento do setor, que totaliza R$ 21,0 bilhões em faturamento, segundo o Estudo dos Canais do Varejo de Vestuário 2023, publicado no site Inteligência de Mercado (IEMI).
Dois dias depois de Chanel
Uma curiosidade: o Dia Internacional da Moda ocorre dois dias após o nascimento da estilista francesa Gabrielle Bonheur “Coco” Chanel, em 19 de agosto de 1883 – 141 anos em 2024 – a maior referência de estilo do século 20. Além de se confundir com a própria história da moda e do bem-vestir, com criações icônicas como o lendário tailleur de tweed, tecido inglês de lã de fio grosso e o vestido preto básico, que continuam sendo envergadas, cobiçadas e copiadas mundo afora, ajudou a libertar as mulheres de amarras, espartilhos, saltos altos e outras peças que, em nome da elegância, impunham martírios. Como ela mesma diria: “Eu não crio moda. Eu sou a moda”.
Ou parte dela, já que ao longo dos anos, a moda criou ícones incontornáveis como Christian Dior, Giorgio Armani, Cristóbal Balenciaga, Elsa Schiaparelli, Karl Lagerfeld, Yves Saint Laurent, Valentino, Hubert de Givenchy, Gianni Versace, Pierre Cardin, Miuccia Prada, Jean Paul Gautier, e tantos outros que, até hoje, fazem da moda também uma grande celebração de beleza e glamour. E viva a moda!