Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Brasil tem a maior queda histórica do trabalho infantil

Apesar da diminuição no índice, o país ainda tem 1,5 milhões crianças e adolescentes em atividades remuneradas

Por Valéria França Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 out 2024, 00h46 - Publicado em 19 out 2024, 00h25

A construção de um país próspero e socialmente justo está diretamente ligada às possibilidades de educação e saúde oferecidas às crianças, que são o futuro de um país. Infelizmente muito longe dos parâmetros de uma Noruega, onde o trabalho infantil é quase zero, o Brasil registrou 1,5 milhões de trabalhadores, entre 5 e 17 anos, em 2023. O alto índice vem acompanhado, no entanto, de boa notícia: é o menor dos últimos seis anos. A queda foi de 14,6% em relação a 2022. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua sobre trabalho de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos de idade, divulgada nesta sexta-feira (18) pelo IBGE.

 “A diminuição está ligada à retomada da atividade econômica e também ao Bolsa Família”, diz Jefferson Mariano, analista socioeconômico, do IBGE. Como o rendimento do trabalhador infantil é pequeno, o subsídio do governo tem impacto suficiente para que algumas famílias priorizem à educação. Outro dado importante foi a queda de 22,5% na lista de Piores Trabalhos Infantis, em relação a 2022, quando 756 mil crianças e adolescentes estavam nessa situação no país.

No Brasil, quanto mais as crianças crescem, maior a incidência delas no mercado. Dos menores que trabalham, 1,3% tem de 5 a 13 anos. A porcentagem aumenta em seis vezes na faixa etária entre 13 e 15 anos. O maior grupo de trabalhadores mirins é o de 16 a 17 anos, que representa 14,6% do total. Apesar de estarem em uma idade de trabalho permitida pela legislação brasileira, a maioria não tem carteira assinada, o que dá margem à exploração com salários baixos e sem pagamento de horas extras. Além de exercerem uma atividade remunerada fora de casa, essas crianças e adolescente ainda são sobrecarregados com atividades domésticas das mais variadas. Com tanta sobrecarga, a frequência escolar acaba comprometida, o que diminui a probabilidade da quebra do ciclo de pobreza familiar no futuro. Sem educação e qualificação, reduzem as perspectivas de melhores oportunidades de trabalho na vida adulta.  No Brasil, há 32 milhões de crianças e adolescentes que vivem as múltiplas dimensões da pobreza. O trabalho infantil é apenas uma delas.

Leia:

+ https://veja.abril.com.br/brasil/pesquisa-contraria-ibge-e-diz-que-trabalho-infantil-acomete-36-das-criancas-e-adolescentes

+ https://veja.abril.com.br/coluna/maquiavel/trabalho-infantil-no-brasil-cresceu-durante-a-pandemia-diz-oit

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.