De acordo com dados do Global Entrepreneurship Monitor 2020, pesquisa realizada em parceria com o Sebrae, o Brasil conta com mais de 30 milhões de empreendedoras, de um total de 52 milhões. O número torna o país o sétimo com mais empreendedores do sexo feminino no mundo.
Entre os microempreendedores individuais (MEI), as mulheres também formam uma fatia significativa, representando 48% do total. O levantamento apontou ainda que elas costumam ter preferência pelos segmentos de beleza, moda e alimentação.
Ainda assim, alguns nichos resistem, de certa forma, à presença feminina. É o caso, por exemplo, das fintechs, ou empresas ligadas a serviços financeiros que se baseiam na tecnologia.
Mas isso não significa que não haja importantes nomes femininos no meio das fintechs. É o caso de Leonor Coni, fundadora do Confiance Bank, banco digital que busca incentivar o empreendedorismo por meio de plataformas digitais voltadas ao crescimento de negócios.
“O Confiance Bank nasceu com o propósito de contribuir para o desenvolvimento dos pequenos negócios e profissionais autônomos e para ajudá-los a ter mais receita, totalmente diferente de um banco tradicional”, conta Leonor.
Desse modo, há plataformas distintas para motoristas de aplicativo, delivery, divulgação de imóveis e agências de carros. Além disso, por um preço menor, o Confiance Bank proporciona acesso a um centro digital de cursos à distância.
Segundo Leonor, a ideia por trás do banco veio da vontade de ajudar outros empreendedores como ela a fazer os negócios crescerem. “Como mulher e empresária, eu sei dos desafios que enfrentamos todos os dias, e foram eles que me levaram a criar o Confiance Bank”, declara.
Existem, é claro, diversos outros casos de mulheres que lutam diariamente para fazer seus empreendimentos prosperarem. No Brasil, foram empreendedoras que criaram, por exemplo, plataformas que trazem informações e acolhimento durante a menopausa, conhecida como Plenapausa — solução criativa que apoia as mulheres durante essa fase frequentemente complexa da vida.
E não é só aos pequenos empreendimentos que se encontram fortes nomes femininos. Em alguns setores, mais de 20% das startups do país são atualmente fundadas por mulheres, segundo o Distrito Dataminer. Ao que tudo indica, o futuro dos negócios está, em grande parte, nas mãos delas.