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Por Duda Monteiro de Barros
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Vovô de 75 anos se comunica com netos por desenhos no Instagram
Para compensar o relacionamento à distância com a família, coreano que vive no Brasil compartilha histórias na rede social
O coreano Chan Jae Lee, de 75 anos, vive no Brasil, mas seus três netos se dividem entre a Coreia do Sul e Nova York. A família toda de Lee se mudou de Seul para São Paulo em 1981, mas, com o decorrer dos anos, sua filha Ji Lee, hoje com 45 anos, se tornou uma das chefes de criação do Facebook, empresa proprietária do aplicativo Instagram. Foi dela que veio a ideia para que seu pai se comunicasse com os netos contando histórias por meio de desenhos compartilhados na rede social. Hoje, o perfil Drawing For My Grandchildren tem 158 000 seguidores.
“Meu pai estava aposentado e passando muito tempo com os meus sobrinhos, como dirigindo-os para a escola, e eles eram uma grande parte de seu dia. Depois que foram embora, ele não tinha mais nada para fazer e isso assustou a mim e à minha mãe. Ficamos preocupados que ele envelheceria rápido demais e poderia entrar em depressão”, disse Lee.
Não foi fácil convencer o patriarca a abraçar a ideia. Lee teve que lembrá-lo de como ele fazia o mesmo para os filhos quando eles eram crianças e convencê-lo de que postar as imagens na internet seria uma maneira atual de manter contato com os netos. Enquanto o avô cria as imagens, fica por responsabilidade da avó redigir os textos que as acompanham.
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A teoria por trás dos desenhos do vovô — O Facebook divulgou em fevereiro deste ano que a medida de separação entre todas as pessoas do planeta é agora de apenas 3,57 graus. Ou seja, entre dois completos desconhecidos, que estejam conectados na rede social, há uma distância um pouco maior de três pessoas. Bem menor do que era antes do Facebook, os famosos “6 graus de separação”. Não entendeu? Em outras palavras: no pré-Facebook, era preciso se conectar com, em média, 5 outros contatos para chegar em alguém, qualquer “alguém”, do planeta; seja o Brad Pitt ou um neto que mora em outro país; já no pós-Facebook, a distância encurtou para entre 2 e 3 conexões.
Aplicado à família Lee, a tese deu certo: mesmo com a distância geográfica, eles conseguiram cumprir com o objetivo específico de manter os laços entre as diferentes gerações do clã. Algo que seria bem mais difícil de ser feito quando não existiam as redes sociais.
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