‘Close’: a aposta belga ao Oscar de filme internacional
Trama sensível aborda o processo de amadurecimento rodeado por preconceitos de gênero
Close (Bélgica; 2022. Em cartaz no país)
Aos 13 anos, Léo (Eden Dambrine) e Rémi (Gustav De Waele) são amigos inseparáveis e compartilham uma intimidade incomum entre meninos: eles dormem um na casa do outro, inventam fantasias em brincadeiras e não se envergonham de abraços e contato físico. Até o dia em que Léo se incomoda quando colegas da escola perguntam se eles são um casal. O garoto, aos poucos, repele o amigo. A ruptura desemboca em uma tragédia que vai afetar as duas famílias. Indicado ao Oscar de filme internacional, o drama é o segundo do diretor belga Lukas Dhont, que em 2018 causou controvérsia com Girl, longa sobre a transição de gênero de uma adolescente. Em ambos, o cineasta de 31 anos transita com doçura e sensibilidade pelo duro processo de amadurecimento — ainda mais complexo com preconceitos de gênero ao redor.