O ex-presidente Donald Trump divulgou uma imagem falsa nas redes sociais, no início da semana, na qual a estrela pop Taylor Swift estaria pedindo às pessoas que votassem nele nas eleições de novembro nos Estados Unidos. A publicação é uma montagem e teria sido criada por inteligência artificial, sem a autorização da cantora. Em 2020, a artista fez campanha para o então presidente Joe Biden, do Partido Democrata. E criticou Trump por “atiçar as chamas da supremacia branca e do racismo” durante sua presidência. A foto, porém, não é o único caso de imagens falsas de celebridades apoiando candidatos. De acordo com pesquisadores do News Literacy Project, um grupo educacional apartidário que lançou um novo banco de dados sobre fake news, foram registrados mais de 550 ocorrências únicas de desinformação relacionada às eleições. Como uma imagem do ator Ryan Reynolds fotografado vestindo uma camisa pró-Kamala Harris, que novamente, é falsa.
Os endossos falsos que proliferam nas mídias sociais ocorrem no momento em que as plataformas quebram barreiras e políticas de moderação projetadas para reduzir a disseminação de informações incorretas. Essas mudanças foram mais graves no X, anteriormente conhecido como Twitter, depois que o bilionário Elon Musk comprou a empresa e demitiu equipes internas que trabalhavam para impedir a disseminação de desinformação eleitoral e restaurou as contas banidas de teóricos da conspiração e extremistas. Na semana passada, a rede começou a permitir que os usuários usassem o Grok (plataforma de inteligência artificial criada por Musk) para criar imagens geradas por IA a partir de texto, desencadeando uma enxurrada de conteúdo falso sobre Trump e Harris. A Meta, dona do Facebook e do Instagram, de Mark Zuckerberg, não fica atrás, a empresa também cortou alguns funcionários de suas equipes de integridade eleitoral, que checavam as publicações.