Uma das características dos skatistas, além do destemor com as manobras radicais, é entrar na pista acompanhados de fones de ouvido. Adepta às trilhas sonoras do esporte, Yndiara Asp, 26 anos, conta à coluna GENTE sobre o hábito dos atletas de escutarem música em meio às competições. Diretamente da Itália, onde mora, ela fala ainda dos bastidores dos Jogos Olímpicos. Patrocinada pela marca de energéticos RedBull, que lança um novo produto durante o Rock in Rio, Yndiara vai acompanhar o festival dessa vez à distância. Confira o bate-papo.
Como começou no esporte? Quando ganhei um skate de presente de Natal do meu pai. Minha família sempre me incentivou a praticar diversos esportes, isso fez toda diferença na minha vida e me fez descobrir o meu amor pelo skate. Meu professor de educação física também teve influência em trazer o skate pra dentro da escola como modalidade nas aulas. Florianópolis tem uma cena muito forte no skate, me abriu os caminhos para chegar onde estou.
Como foi a experiência de abrir as eliminatórias do skate feminino em Paris? Nunca imaginei que estaria em uma Olimpíada, ainda mais através do skate. Me senti honrada pelo convite para fazer a cerimônia de abertura do skatepark feminino e poder vivenciar essa Olimpíada de uma forma tão especial. Foi um reconhecimento e marco para minha carreira.
Em Tóquio, você ganhou o prêmio Fair Play por ajudar outra competidora. O que te levou a fazer isso? Foi algo natural do momento e parte do que a gente vive na cultura do skate, a gente vibra junto com os outros skatistas, somos unidos. O momento em que a skatista Misugo não conseguiu completar sua volta e perdeu a chance de avançar para o pódio foi de frustração para ela, que vinha ganhando todos os campeonatos. Na hora, desabou em choro. Nós a ajudamos e a levantamos para mostrar que não é uma queda que a define, que ela é incrível e merece ser feliz. Quando veio a notícia do prêmio, foi algo tão valioso quanto ganhar uma medalha. Um dos meus objetivos na Olimpíada era conseguir transmitir de alguma forma a essência e valores do skate ao mundo, e esse prêmio veio como realização.
Os skatistas têm o hábito de ouvir músicas durante o esporte, incluindo em competições. O que você ouve? Música faz parte da minha rotina e das minhas sessões de skate sempre, gosto de ouvir músicas com letras motivacionais, positivas e animadas. Escuto bastante Charlie Brown Jr e L7. Skate e música andam juntos, seja na caixa de som na sessão com a galera ou no fone de ouvido. Música anima, eleva a energia, mantém o foco, faz a vibe.
O que você quer ouvir no Rock in Rio, mesmo à distância? Um pouco de tudo, dependendo da vibe que eu estiver no momento. MPB, rock, rap, pop… Por aí vai.