Estreante como musa da Mangueira, mas desde 2017 desfilando no Carnaval carioca, a professora de samba Sashya Jay, que não revela a idade em hipótese alguma, carrega o amor pela cultura brasileira. Jamaicana, ela mora na Austrália, onde comanda uma escola de dança do samba, com sede em Sydney e filial em Denver, nos Estados Unidos. “Aprendi a sambar lá na Austrália, quase vinte anos atrás. Comecei a procurar mais, vi que o carnaval daqui era diferente e busquei professores daqui. Vim pra cá aprender mais”, explica ela à coluna.
Nos shows de samba, que passou a fazer em 2005, Sasha afirma que ainda enfrenta alguns preconceitos fora do Brasil. “Lá fora as pessoas não entendem a cultura do samba e o que representa. Acham que a fantasia não tem classe. Quando a gente faz shows lá, às vezes acham que somos outra coisa. Mas a gente tem que representar e educar as pessoas sobre o que é samba”.
Pronta para mostrar seu samba no pé, aprimorado por passagens em várias agremiações, Sashya Jay é a segunda estrangeira a desfilar como musa na tradicional verde e rosa, que este ano reverencia Alcione em seu desfile. “Quem ama samba conhece as músicas dela e o amor que ela tem pela Mangueira. Ela significa a mulher que venceu, pequena feita pra vencer, e eu sou pequenininha, magrinha, feita para vencer. Me conectei muito com essas palavras e o desafio para ser mulher nesse mundo”.