Presidente do sindicato de hotéis do Rio dispara contra fim da escala 6×1

O fim da jornada de trabalho 6×1, quando se trabalha seis dias e folga um, pode impactar “profundamente” nos custos de operação da rede hoteleira, segundo o presidente do Sindicato de Hotéis e Meios de Hospedagem do Rio de Janeiro (HotéisRIO), Alfredo Lopes, que se mostra contra a mudança sem uma readequação da remuneração. “Não foi feito um estudo de um impacto na economia. Se você reduzir a jornada de trabalho e não reduzir a remuneração, isso pode ter um impacto muito negativo na economia”, opina ele em conversa com a coluna GENTE.

O empresário, no entanto, acredita que não haverá demissões neste novo formato. “Na verdade, essa redução vai implicar na contratação de mais colaboradores. Passar a ter 4×3 é muito pesado. Isso em qualquer caso, mas em estabelecimentos que trabalham 24 horas por dia, isso agrava”, continua.

O tema entrou em debate após a deputada Erika Hilton (Psol-SP) apresentar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propõe a mudança para uma escala de 4×3, com quatro dias de trabalho e três de descanso. Na justificativa, a parlamentar citou uma petição pública criada pelo movimento Vida Além do Trabalho (VAT), liderado pelo vereador recém-eleito Rick Azevedo (Psol-RJ).