Nas últimas semanas têm surgido várias comparações de Terra e Paixão com novelas mexicanas nas redes sociais. Para Mauro Alencar, doutor em teledramaturgia e pesquisador pela USP, a comparação não só é válida como perceptível a cada capítulo:
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Globo prepara em sigilo remake de sucesso estrondoso
“Certamente uma das produções nacionais mais mexicanizadas que já assisti. A começar pela abertura. E eu adoro. Um ótimo entretenimento em dramaturgia. As tramas, os cenários, personagens, temas musicais e até mesmo a interpretação condizente ao melodrama regional ‘nacional – mexicano’. Mas qual é o problema? Nenhum. Ainda mais nesses tempos de total interação e intercâmbio estético. Em 2004, ao defender minha tese de doutorado na USP sobre telenovela na América Latina, afirmei que o México era (e continua sendo) o maior produtor do gênero, a maior escola e a maior raiz da telenovela mundial. O Brasil, o melhor, renovador. À época, eu era consultor e pesquisador da Globo. E levei um pito de um (ex) diretor da área artística. Como diz o ditado popular, o tempo é senhor da razão. E hoje está aí o Globoplay promovendo as telenovelas de ‘nuestros hermanos’. Em outros tempos, um preconceito absoluto pelo caminho aberto por Silvio Santos em 1982, no SBT. Hoje a teledramaturgia mexicana se impõe abertamente na TV brasileira, deixando (felizmente) no esquecimento o tratamento jocoso que recebia. Difícil saber se a estética mexicana que rege Terra e Paixão é consciente ou não por parte da direção e produção, mas ela está absolutamente presente. E em muitos momentos, com sua trama rocambolesca e cheia de sobressaltos, chega a lembrar a popular obra teatral de Joaquim Manuel de Macedo, do século XIX”.
https://www.youtube.com/watch?v=gO_iuL78bAM&t=12s
https://www.youtube.com/watch?v=11lfKPGPyno