Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

VEJA Gente

Por Valmir Moratelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Notícias sobre as pessoas mais influentes do mundo do entretenimento, das artes e dos negócios
Continua após publicidade

Paris 2024: Por que vela brasileira passa por ‘entressafra’ de medalhas

‘Não tenho expectativa, só agradecimento’, diz Marco Aurélio de Sá Ribeiro, presidente da CBVela, à coluna GENTE

Por Giovanna Fraguito Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 1 ago 2024, 11h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Com 24 medalhas, o judô e o voleibol (11 na quadra e 13 na praia) são os esportes que mais medalhas deram ao Brasil, seguido pela vela e pelo atletismo, com 19 medalhas cada. Se contar apenas as medalhas de ouro, a vela e o vôlei (quadra e praia) são os esportes com mais medalhas, num total de oito cada um. Uma das modalidades mais tradicionais e vencedoras do esporte brasileiro, a vela levou oito barcos e 12 atletas para os Jogos Olímpicos de Paris. A disputa segue na baía de Marselha, no Sul da França. Marco Aurélio de Sá Ribeiro, presidente da Confederação Brasileira de Vela, conversou com a coluna GENTE sobre as mulheres no esporte e a fase atual – que, ao contrário de anos anteriores, não está entre as melhores. Martine Grael e Kahena Kunze, bicampeãs olímpicas da modalidade 49erFX, não subiram ao pódio em nenhum dos últimos três Campeonatos Mundiais.

    Como foi o pré-Olímpico brasileiro? A vela é um esporte extremamente competitivo, mas é também um esporte onde a própria organização do evento limita muito o acesso de pessoas credenciadas. De uns anos para cá, a gente racionalizou e determinou que só atletas com alguma chance de medalha deveriam ir aos Jogos. A gente estabeleceu índice técnico, porque realmente é caro. Mover um barco para dar suporte, um técnico, por um atleta que não tem chance, é complicado. Ou seja, se o atleta está em Paris, pode acompanhar, significa que ele tem chance de medalha.

    Qual é a real chance do Brasil com a vela nas Olimpíadas? Em primeiro lugar, estamos no meio de uma renovação da vela. Ganhamos dois títulos mundiais juvenis só esse ano. Isso implica que, para Los Angeles (em 2028), a gente vai ter equipe jovem e competitiva. Estamos nessa entressafra. Mas a vela vai com chances reais de obtenção de medalha. Temos um atleta em franca ascensão, bem cotado no ranking mundial, o Bruno Lobo, do Maranhão. Seria a primeira medalha olímpica da vela do Maranhão. E o Matheus Isaac de Ilhabela, também bem jovem. Além da dupla feminina, que não há mais o que cobrar, porque já entregaram duas medalhas de ouro consecutivas para o Brasil. Com elas, não tenho expectativa, só agradecimento.

    Hoje a CBVela é reconhecida pela inclusão de mais mulheres. O que isso representa para o esporte? É um orgulho para a gente. A CBVela é preponderantemente feminina. A maior parte do nosso conselho de administração e da diretoria é de mulheres. Quem ganha medalha são as mulheres. A CBVela já foi tomada pelas mulheres há muito tempo. Nossa meta é o mesmo número de mulheres e homens até na comissão técnica. Essa é a primeira vez que vamos levar uma técnica mulher.

    Continua após a publicidade

    Há machismo na vela? O machismo é presente em todas as modalidades, a vela não é diferente, mas temos combatido. As pessoas criticam o negócio de cota, limite… Mas essa é a única maneira que a gente tem de quebrar a barreira, de não ser condescendente, de não ser a favor de colocar ninguém lá.

    A vela também é conhecida por ser um esporte caro. Os investimentos são suficientes para a inclusão? O que existe é a falta de democratização da informação, não precisa ter dinheiro para velejar, existem numerosos projetos sociais. São mais de 100 projetos sociais ligados à vela no Brasil. O alto rendimento é caro, mas o acesso é possível. E os índices são importantes por isso. A pessoa precisa mostrar resultado. Antes, quem tinha maior poder aquisitivo conseguia ir às Olimpíadas, mesmo sem ter condição real de ganhar medalha. Com isso, você está impedindo o acesso de alguém mais humilde. Quando se põe índice, está democratizando. Mas claro, só a nossa base em Marselha são 150 mil euros. Com mais recurso, se dá mais oportunidade, principalmente para o atleta que não tem dinheiro. O Brasil é o melhor país do mundo para velejar, porém as competições de alto nível estão fora daqui. E não dá para ir velejando. É muito caro, cada campeonato nos custa 200, 300 mil reais.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.