A rica roda da indústria dos artistas sertanejos começa a contabilizar as perdas com a parada forçada pela crise do coronavírus. As estrelas do gênero recebiam alguns dos maiores cachês do Brasil antes da pandemia e estavam entre os mais requisitados pelos produtores de grandes eventos e feiras rurais. Não raro, os maiorais do gênero faziam quase 200 apresentações por ano. Empresários do ramo estimam que, no mundo pós-pandemia, os ganhos desses artistas devem ser reduzidos entre 30% e 50%. A maior renda do mercado era de Gusttavo Lima: o cantor de sucessos como Perrengue faturava 700 000 reais por show, em média. Até março, ele costumava fazer quinze por mês, em alguns casos mais de uma apresentação por dia. Marília Mendonça tinha retornado havia pouco da licença-maternidade, então estava pegando leve na rotina, com “apenas” quinze espetáculos em março (antes da gravidez, ela chegava a fazer 25). A artista cobrava 500 000 reais por show. Em terceiro lugar do ranking está a dupla Jorge & Mateus, com cachê de 400 000 reais e também cerca de quinze apresentações mensais. Haja sofrência para tamanho prejuízo.
Gusttavo Lima
Cachê: 700 000 reais
Rombo por mês: 10,5 milhões de reais
Marília Mendonça
Cachê: 500 000 reais
Rombo por mês: 7,5 milhões de reais
Jorge & Mateus
Cachê: 400 000 reais
Rombo por mês: 6 milhões de reais
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Clique e AssinePublicado em VEJA de 27 de maio de 2020, edição nº 2688