Na segunda 17, a Polícia Civil deu com a porta na cara no apartamento onde vivia Najila Trindade, na Zona Sul de São Paulo. O objetivo era cumprir o mandado de busca e apreensão no celular da modelo que acusa Neymar de agressão e estupro. A Delegacia da Mulher de Santo Amaro, autora do requerimento, quer conferir se de fato existe um vídeo de sete minutos, o qual poderia confirmar a tal violência cometida por Neymar, conforme contou Najila em depoimento. Ela se recusou a entregar o celular anteriormente.
Najila, no entanto, não vive mais no imóvel. Ela tinha até a segunda 17 para deixar o local — a moça sofreu uma ordem de despejo por não pagamento de aluguel. Os atrasos desde agosto de 2018 somam 40 000 reais. A modelo ainda não informou a polícia sobre seu novo endereço. Ela foi vista na segunda 17 no aeroporto da cidade de Ilhéus, na Bahia, onde vive seu pai.
Embora o mandado tenha como objetivo averiguar a existência do vídeo, com o celular em mãos a polícia vai verificar as últimas mensagens entre Najila e seus amigos e advogados para ver se por acaso houve algum tipo de conluio.
Se a Delegacia da Mulher trata do inquérito em que Najila é suposta vítima, no 11º Distrito Policial de São Paulo ela está sendo investigada como autora de atos como calúnia (disse que a polícia havia sido “comprada” por Neymar), tentativa de extorsão (ao lado do ex-advogado José Edgard Cunha Bueno Filho, segundo informou o pai de Neymar) e possível falso anúncio de arrombamento do imóvel onde vivia (ocasião em que o iPad com o tal vídeo teria sumido).