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O restaurante gaúcho que faz o cliente ‘flutuar’ sobre o rio Guaíba

Gugga Garcia, sócio do empreendimento, explica proposta que nasceu após as enchentes do ano passado

Por Nara Boechat Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 7 dez 2025, 10h00

Pouco mais de um ano após as enchentes em Porto Alegre (RS) – o maior desastre natural da história do Estado -, a cidade começa a recuperar a força do entretenimento, especialmente no Centro Histórico, uma das áreas mais atingidas pelas águas. É ali que abriu, há cerca de dois meses, o TETTO Rooftop POA, restaurante instalado no topo de um flat, com vista ampla para o Guaíba. O espaço combina gastronomia, liderada pelo chef Cris Lolas, coquetéis e sets de DJ em dois andares, acomodando tanto aqueles que buscam um jantar mais reservado quanto grupos em clima de festa. Um dos destaques é a plataforma de vidro suspensa, o skyglass, que dá a sensação de estar flutuando sobre a cidade e em frente a um dos pores do sol mais famosos do país. Criado a partir do conceito do TETTO São Paulo, do grupo PHD Eventos, dirigido por Bruno Amorim, o projeto demandou investimento de 3 milhões de reais. Entre os sócios o empresário do grupo Matiz Gugga Garcia, 49 anos, que divide a rotina entre os negócios, o trabalho como DJ e a paixão pelo surfe. O empresário recebeu a coluna GENTE na casa, onde deu detalhes sobre o novo empreendimento, falou sobre as particularidades da casa e refletiu o impacto da pandemia e das enchentes no setor gaúcho.

Qual é o conceito do Tetto? É um lugar com gastronomia internacional, cardápio enxuto, pratos pra compartilhar. São sete, oito pratos principais. A ideia é a pessoa sentir o clima, ficar, tomar vinho, espumante, drinks. Muito mais experiência do que quantidade de opções.

Como essa marca chegou a Porto Alegre? A TETTO nasceu em São Paulo e iniciou sua expansão para outras cidades há cerca de dois anos: primeiro em Vitória, depois Balneário Camboriú e Curitiba. Porto Alegre viria na sequência, mas teve a abertura adiada por causa da enchente.

A enchente em Porto Alegre ocorreu dois anos depois de iniciar a abertura após a pandemia. Qual foi o impacto? Foi devastador. Na pandemia, o setor foi o primeiro a parar e o último a voltar. Depois veio a enchente, que foi ainda mais pesada para a cidade. Toda a engrenagem econômica desacelerou. Isso aconteceu justamente quando estávamos quase inaugurando a Tetto, com a estrutura praticamente pronta. Tivemos que interromper tudo. O sistema de comportas da cidade acabou colapsando com o acúmulo de lixo nos dutos. A água veio da serra, o Guaíba é um lago, e o escoamento não deu conta. Foi um choque, mas conseguimos retomar.

Como foi a escolha de um edifício no Centro Histórico? O Centro Histórico de Porto Alegre ficou marginalizado por muito tempo. Do Mercado Público para lá é um tipo de centro; para cá é outro. Aqui em cima sempre foram casas de famílias tradicionais. Hoje a região é fora do “eixo” da cidade: para um lado, Zona Sul, mais orla e vida à beira-rio; para outro, Zona Norte, mais industrial; mais adiante, Zona Leste, de alto poder aquisitivo. O TETTO nasceu justamente nesse ponto “fora do circuito” tradicional, e acabou dando muito certo.

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O que trouxe do Gugga para o TETTO POA? Trouxe muito do meu jeito de lidar com as pessoas. Gosto de atender de perto. Na soft opening eu brincava que parecia o Outback: me abaixava na mesa, explicava o conceito, apresentava o lugar. Porto Alegre é carente de atendimento acolhedor nesse segmento. Eu queria criar um ambiente em que a pessoa se sentisse em casa. No rooftop, o clima é mais cosmopolita; neste [primeiro] andar, mais aconchegante.

E a identidade gaúcha da casa? Aqui usamos bastante a madeira ripada, que remete aos antigos hotéis do Rio Grande do Sul e de Porto Alegre. Trouxemos muito verde nas plantas. O nosso logotipo é verde-mate, referência direta à erva-mate do chimarrão. É um aceno discreto ao gaúcho, que é acolhedor, familiar, com essa mistura de italianos, alemães, judeus.

Qual é o público que recebem? Vem muita gente jovem, de 23 a 25 anos, mas também um público mais maduro, que se arruma pra tomar um drink, ver o pôr do sol, curtir soul, jazz e música eletrônica mais profunda.

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O que não abre mão em um negócio? Atendimento. Música é fundamental, sempre esteve na minha vida, mas o grande diferencial é como a pessoa é recebida. Não me interessa a ostentação pela ostentação. Já tivemos uma fase de espumante, fogos em garrafa, esse tipo de coisa. Hoje o que eu busco é que o cliente se sinta bem tratado. Nosso cardápio não é barato, mas é justo em relação ao que entregamos. A ideia é mesclar aconchego, padrão elevado e essa divisão de ambientes: aqui embaixo mais acolhedor, lá em cima mais urbano.

Depois de tudo, como enxerga o entretenimento no Rio Grande do Sul e no Brasil? Vejo 2025 como o ano da sobrevivência: permaneceu quem tinha caixa e estrutura. Já 2026 é o ano da retomada, e dá pra sentir o aquecimento.

E o que sugere para o cliente que deseja conhecer a gastronomia do TETTO POA? Indico o polvo na brasa feito pelo nosso chef Cris Lolas – tentáculos de polvo grelhados com especiarias e um mix de temperos aromáticos, servidos sobre purê de aipim cremoso. E finalizado com chimichurri defumado artesanal. Não vai se arrepender.

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