É notório que a corrida aos consultórios por procedimentos estéticos ocorre cada vez mais cedo, principalmente em mulheres a partir dos 20 anos, que já começam a procurar protocolos de embelezamento. A área da cirurgia plástica trabalha com três segmentos de procedimentos estéticos: voltados para o embelezamento, para o rejuvenescimento e à associação do embelezamento ao rejuvenescimento. Em conversa com a coluna, a biomédica Gabriela Dawson, especialista em procedimentos minimamente invasivos da face e corporal, lista as diferenças de procura de tratamento de acordo com as faixas etárias.
“Normalmente uma menina prestes a fazer aniversário, entre seus 17 a 19 anos, tendo lábios muito fininhos, quer se sentir mais bonita e empoderada. Com o consentimento e a presença da mãe, ela tende a fazer preenchimento labial. O ideal é que seja sutil. A partir dos 20 anos, surgem pedidos como correção leve do nariz, a rinomodelação. A partir dos 25 anos, com a toxina botulínica preventiva, se previne a aparição de rugas estáticas, aquelas que acabam virando cicatrizes. Com 30 anos, a mulher começa a ter uma pequena perda de volume ósseo, os coxins de gordura. É quando há maior procura pelo reposicionamento desses coxins associado ao beautification, protocolo de embelezamento facial, onde se deixa o rosto alongado, além de trabalhar proporções. Aos 40 anos começa a reposição do colágeno. Nosso corpo produz colágeno, ácido hialurônico e elastina na pele, o que dá jovialidade, e é o que deixa a pele vistosa. Nesta idade, se perde muito colágeno. Então, investe-se em bioestimuladores para manter o banco de colágeno. Aos 50, a gente trabalha muitos MD-CoDs, pontos estratégicos de ácido hialurônico para sustentação da face. Há também os fios de dermosustentação, que além de reposicionamento da pele, estimulam colágeno. Dos 50 em diante, investe-se no bioestimulador de colágeno e em tratamentos com tecnologias, como ultraformer e lasers de tratamento de manchas. É quando se começa a ter manchas senis, que envelhecem a face”.