Lula (PT) foi bastante criticado por apoiadores nas redes sociais, ao divulgar o primeiro vídeo oficial como candidato à presidência nesta terça-feira, 16, no começo da campanha eleitoral. Isso porque ele aparece vestido com uma camisa social azul da grife carioca Reserva (cujo símbolo é um pica-pau bordado no canto esquerdo). A marca foi criada em 2004 pelos sócios Rony Meisler e Rafinha, no Rio de Janeiro, e tem produtos do vestuário masculino e feminino a preços mais altos do que a média do mercado. Uma camisa semelhante a que foi usada pelo petista custa, no site da grife, 399 reais.
Em recente visita a USP, Lula assim comentou sobre seu gosto particular quanto ao consumo: “Eu gosto de coisa boa, quero comer bem, quero morar bem, quero viver bem, todo mundo quer viver bem. Ninguém faz a opção pra ser pobre. Você já viu alguém fazer opção pra ser pobre? Você já viu alguém fazer opção de comer mal ou de ganhar pouco? Não! A gente só ganha pouco e é pobre porque não teve outro jeito. Nós é que temos que dar um jeito”, declarou.
Realmente não é um problema se vestir bem usando produtos que sua condição financeira lhe permita. Afinal, vive-se numa sociedade capitalista. O que os seguidores criticam, entretanto, é a imagem que a associação a uma grife (nada popular) pode causar nos valores do discurso a ele atribuído. É bom que todo candidato fique de olho: além das palavras que diz, vale muito a imagem que transpassa.
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