Desde que saiu do badalado Manchester United, na Inglaterra, para jogar no Al Nassr, da Arábia Saudita, Cristiano Ronaldo, 39 anos, não poupa esforços para lustrar a imagem pública antes de pendurar as chuteiras. A imagem de bon vivant, com corpo esculpido ao sol, agora abre espaço para um líder nato e correto, como prezam os sauditas. Em um jogo da Champions League asiática, após sofrer um pênalti, CR7 foi ao juiz admitir ter se jogado. A lição de moral mais recente aconteceu durante a homenagem da equipe sub-13 do Al Nassr, campeã da categoria, antes do clássico do time principal contra o Al Fateh. Em campo, o filho do craque, Cristiano Júnior, 13, que joga na equipe, pulou a fila de cumprimentos dos adversários. Papai rigoroso não gostou: “Que é isso, filho? Anda cá dar um beijo ao pai”, disse ele, com fisionomia fechada, fazendo o contrariado menino apertar a mão de todos os jogadores, como manda o fair play.
Publicado em VEJA de 23 de fevereiro de 2024, edição nº 2881