A noite de domingo, 21, foi marcada pela exibição no Festival de Cannes de Firebrand, primeiro longa-metragem falado em inglês do cineasta cearense Karim Aïnouz. A recepção foi bastante calorosa para a história centrada na última esposa do rei Henry VIII da Inglaterra, Catherine Parr. A produção foi aplaudida por cerca de oito minutos e meio depois de seu encerramento.
O longa traz Alicia Vikander no papel de uma rainha inteligente, com ideias progressistas e que aprende aos poucos a navegar pelas mudanças bruscas de humor do rei, papel de Jude Law, que decapitou duas esposas e isolou outras duas. Após receber o prêmio da mostra Um Certo Olhar de Cannes, em 2019, com A vida invisível, Karim ficou sem trabalho no Brasil, o que o levou a aceitar convites estrangeiros.
Firebrand compete com outras grandes produções, também aclamadas, pela Palma de Ouro. Asteroid City, do diretor Wes Anderson, conta a história de jovens participantes de uma convenção de observadores de estrelas e cadetes espaciais em uma cidade abandonada dos anos 1950, cujas vidas são transformadas pela chegada de um alienígena. O longa conta com nomes de peso, como Adrien Brody, Jason Schwartzman, Tilda Swinton, Margot Robbie e Tom Hanks.
Também um dos favoritos é o filme Monster, do diretor japonês Hirokazu Kore-eda, ganhador da Palma de Ouro pela obra Assunto de Família, que volta a fazer uma crônica realista do país em que nasceu. Contado em três narrativas diferentes, uma mãe, uma professora e um menino se envolvem em séria briga no colégio. E, por fim, May December, de Todd Haynes, protagonizado por Julianne Moore e Natalie Portman, ganhadoras de Oscar. É um drama sobre um casal com uma grande diferença de idade. Como se vê, os empecilhos do brasileiro não são pequenos, mas também nenhum apareceu como franco favorito até o momento.