O choro da Portela no ano de seu centenário
Bianca Monteiro desfilou com algumas das ex-rainhas: Sheron Menezes, Adriane Galisteu e Luiza Brunet
Segunda a entrar na avenida na segunda-feira, 20, a Portela, maior campeã do carnaval carioca (são 22 títulos) homenageou seu próprio centenário. Sonhando com o título em data histórica, a escola amargou apenas a décima posição, sem nem voltar entre as seis primeiras no próximo sábado. Um gosto salgado na festa tão aguardada. O desfile ficou aquém de suas expectativas. A campeã de 2023 é a Imperatriz Leopoldinense.
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A agremiação de Oswaldo Cruz e Madureira teve papel importante na propagação da cultura negra, na aceitação do samba por diferentes classes sociais, na aproximação das escolas com o poder político e no reconhecimento do sambista como artista. Essa história foi celebrada no enredo O azul que vem do infinito, de Renato Lage e Marcia Lage.
Nos cinco setores, a azul e branco fez um recorte de 20 anos pelo olhar de cinco de seus baluartes. Começando pelo principal fundador, Paulo Portela; seguido por Dodô da Portela, Natal da Portela, bicheiro e patrono da escola, David Corrêa, compositor e por fim Monarco, último presidente de honra. A rainha de bateria foi mais uma vez Bianca Monteiro, cria da comunidade, que ocupa o posto desde 2017. Ela desfilou com algumas das ex-rainhas da escola: Sheron Menezes, Adriane Galisteu e Luiza Brunet.
O samba mediano e problemas em alegorias e evolução derrubaram os sonhos altos da águia de Madureira.
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