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Gastronomia

Milagres, Maceió e Piranhas: a Rota dos Pescados Alagoanos

Antônio Mendes, Rafael Benamor, Roger Lima e Jonatas Moreira são os idealizadores do projeto

Por Giovanna Fraguito 30 ago 2025, 12h00

Antônio Mendes, Jonatas Moreira, Rafael Benamor e Roger Lima (Reprodução/Divulgação)

A Rota dos Pescados Alagoanos nasceu da ideia de quatro chefs, unidos pelo prazer da pescaria na beira do rio e no mar. Antônio Mendes (Nalva Cozinha Autoral), Rafael Benamor (Mahr Gastronomia, Parrilla do Mar), Roger Lima (Hatsu Izakaya) e Jonatas Moreira (Akuaba) criaram o projeto que é, ao mesmo tempo, celebração e declaração aos pescados locais. De 25 a 31 de agosto, essa viagem afetiva percorreu três lugares que dizem muito sobre Alagoas. Piranhas, com seu casario de cores quentes e o rio que conta histórias. Milagres, santuário de tranquilidade e biodiversidade, onde repousa parte da Costa dos Corais — a segunda maior barreira de corais do mundo, com mais de 130 km de extensão. E Maceió, onde tudo se mistura: tradição, cidade, orla, mercado, movimento. A cada parada, um jantar colaborativo. Uma mesa posta por mãos diferentes, mas com o mesmo propósito. Os convidados — Kaywa Hilton, Gustavo Rinkevich, Fabrício Lemos, Lisiane Arouca e Monique Gabiatti — se uniram aos anfitriões em menus criados em conjunto.

Neste sábado, 30, o chef Antonio Mendes, do Nalva Cozinha Autoral (@nalvacozinhaautoral), recebe os chefs baianos Fabricio Lemos e Lisiane Arouca, do Origem (@restauranteorigem). Entre os destaques do cardápio: Taco de feijão vermelho, pitú glaceado no missô, melaço e gengibre, cebola marinada, brotos de coentro e maionese fermentada de cactos (por chef Antonio Mendes); Sonho de vatapá (por chef Fabrício Lemos); Tucunaré na brasa, béarnaise de pimenta de cheiro, duas versões de milho (purê e assado), telha de cactos e capuchinha (por chef Antonio Mendes); e a sobremesa Casal perfeito – queijadinha, brigadeiro de goiaba, brigadeiro e farofa de parmesão, creme de queijo e sorvete de nata de goiaba (por chef Lisiane Arouca).

“A gente conhece o rio São Francisco, mas mais na parte da Bahia, não na parte de Alagoas. Sabemos da importância dele para nós, nordestinos, e a gente está muito contente de conhecer. A gente vem batendo uma bolinha com o chefe, e a gente viu um pouco do restaurante dele, então a expectativa é elevada, pela nossa simplicidade, nosso afeto, através da comida, e que a gente consiga fortalecer o nosso Nordeste fazendo essas novas conexões. Conheço o pessoal da Akuaba, mas muita gente que está dentro do projeto não conheço. O resultado é fortalecer a gastronomia nordestina”, explica Fabricio.